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Formação de Conteudistas

Módulo 2 • Produção de conteúdo

Boas-vindas ao curso de Formação de Conteudistas para EaD da Univesp!

Neste segundo módulo, você aprenderá todos os aspectos em relação à produção de uma disciplina na Universidade Virtual do Estado de São Paulo – Univesp, desde a elaboração da matriz didática até a descrição de imagem por questão de acessibilidade.

Vamos começar?!

Objetivo de aprendizagem:

  • Aprender a elaborar os conteúdos que serão objetos de aprendizagem para os alunos da Univesp (roteiros, videoaulas, textos, seleção de textos, questões avaliativas etc.), bem como a classificá-los de acordo com o nível de dificuldade (taxonomia de Bloom – revisada).

Neste módulo, iremos perpassar pelos tópicos a seguir, sugerimos que siga a trilha de aprendizagem para dominar todos os aspectos importantes acerca da produção. Você poderá acessar os tópicos abaixo pelo menu lateral.

Taxonomia de Bloom • revisada

Com base na nossa experiência, estabelecer objetivos de aprendizagem que possam facilitar o desenvolvimento de habilidades e competências de um currículo é um dos maiores desafios do processo didático. Com base nisso, a Univesp orienta a produção de todos os materiais didáticos segundo a taxonomia de objetivos educacionais, proposta pelo psicólogo e pedagogo Benjamin Bloom, particularmente a revisão proposta por Lorin Anderson e David Krathwohl, em 2001.

Veja as dimensões do processo cognitivo da taxonomia:

Lembrar
Identificar ou relembrar características relevantes do objeto de conhecimento.
Entender
Compreender elementos que conferem significado ao objetivo de conhecimento.
Aplicar
Transpor conhecimentos sobre um tema para lidar ou resolver determinada situação ou problema a ele relacionadas.
Analisar
Desconstruir o todo em suas partes constitutivas, de modo a estabelecer relações sobre elas e como conferem significado ao todo.
Avaliar
Utilizar certos critérios, normas ou padrões para julgar, criticar ou avaliar.
Criar
Gerar novas ideias, conclusões ou hipóteses sobre o objeto de conhecimento.

É possível ainda considerar outros verbos associados a dimensões do processo cognitivo apresentadas na pirâmide anterior.

Clique nos itens para ver alguns verbos associados:

  • Lembrar (fácil)
    Lembrar
    Identificar / Reconhecer / Recordar / Localizar
  • Entender (médio)
    Entender
    Interpretar / Exemplificar / Comparar / Explicar
  • Aplicar (médio)
    Aplicar
    Calcular / Usar / Resolver
  • Analisar (difícil)
    Analisar
    Categorizar / Desconstruir / Estruturar / Discriminar
  • Avaliar (difícil)
    Avaliar
    Criticar / Julgar / Apreciar / Examinar
  • Criar (difícil)
    Criar
    Hipotetizar / Inventar / Construir / Elaborar

*Ressalta-se que essas não são as únicas opções. Há diversas amostras de verbos que podem ser distribuídas entre as dimensões.

Importante!

Você, professor(a) conteudista, deverá usar a taxonomia de Bloom – revisada na produção de todos os materiais (matrizes, roteiros, Atividades Avaliativas e provas), logo, é de suma importância entender como usá-la corretamente.

Antes da produção de qualquer material, primeiro defina, com base na taxonomia, quais são suas intenções pedagógicas, quais objetivos de aprendizagem o estudante deve alcançar com aquele material ou quais objetivos de aprendizagem deseja avaliar se foram alcançados.

Vamos praticar um pouco, associe a dimensão do processo cognitivo ao seu nível de dificuldade com o objetivo de aprendizagem correspondente.

Leia as afirmações abaixo e escolha as alternativas corretas:

Classificação

Objetivo da aprendizagem

  • Compreender quais foram as mudanças que levaram à criação do novo caminho do consumidor da era digital.

    1 / 6
    Analisar (Difícil)
    Aplicar (Médio)
    Entender (Médio)
  • Julgar afirmações sobre gestão do conhecimento, aprendizagem organizacional e planejamento estratégico, distinguindo corretamente as proposições verdadeiras com base nos conceitos ensinados.

    2 / 6
    Entender (Médio)
    Avaliar (Difícil)
    Criar (Difícil)
  • Usar os conceitos de máximos e mínimos de uma função.

    3 / 6
    Lembrar (Fácil)
    Criar (Difícil)
    Aplicar (Médio)
  • Discriminar a relação entre a segmentação de mercado e o planejamento de marketing.

    4 / 6
    Analisar (Difícil)
    Aplicar (Médio)
    Entender (Médio)
  • Elaborar uma função exponencial que represente o comportamento da meiavida de um elemento químico ao longo do tempo.

    5 / 6
    Criar (Difícil)
    Avaliar (Médio)
    Lembrar (Fácil)
  • Recordar o princípio de funcionamento de uma tabela de dispersão, incluindo o papel da função hash e a forma como os dados são mapeados e acessados na tabela.

    6 / 6
    Analisar (Difícil)
    Entender (Médio)
    Lembrar (Fácil)

Para finalizar, explore o REA:

Curadoria e direito autoral

Na Univesp, você, conteudista, pode assumir papel de curador(a) ao selecionar materiais disponíveis na rede e de autor(a) ao criar conteúdo inédito. Todavia, é importante ressaltar que direitos autorais devem ser preservados e respeitados em quaisquer circunstâncias. Quando escrevemos um texto acadêmico, respeitamos os direitos autorais a partir de citações e referências, mas, quando estamos utilizando materiais que estão na rede, precisamos tomar outros contornos.

Importante!

Ao selecionar um material, isto é, um vídeo, um site, uma atividade publicada na rede, por exemplo, fique atento(a) à concessão de autorização de uso que vem expressa por copyright e licenças do Creative Commons.

Veja alguns termos que podem aparecer durante a curadoria de materiais. Lembre-se de que o DI pode te auxiliar nesse processo.

Clique nos cards abaixo para ver a definição.

  • Copyright

    Copyright©

    Quando presente em uma obra, restringe o seu uso sem autorização prévia, impedindo que haja benefícios financeiros para outros que não sejam o autor ou o editor da obra. Muitas vezes, a palavra copyright é acompanhada pela frase em português “todos os direitos reservados”, que indica que aquela obra está protegida por lei.

  • Creative Commons

    Creative Commons

    São uma forma padrão usada pelos criadores de conteúdo para autorizar que terceiros usem a obra deles. Há alguns tipos de licenças.

  • Atribuição (BY)

    Atribuição (BY)

    Os licenciados têm o direito de copiar, distribuir, exibir ou executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, conquanto que deem créditos devidos ao autor ou licenciador, na maneira especificada por estes.

  • Compartilha Igual (SA)

    Compartilha Igual (SA)

    Os licenciados devem distribuir obras derivadas somente sob uma licença idêntica à que governa a obra original.

  • Não Comercial (NC)

    Não Comercial (NC)

    Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir ou executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, desde que sejam para fins não comerciais.

  • Sem Derivações (ND)©

    Sem Derivações (ND)©

    Os licenciados podem copiar, distribuir, exibir ou executar apenas cópias exatas da obra, não podendo criar derivações a partir dela.

Métricas para Elaboração de conteúdo

Um dos maiores desafios referentes à produção de material para EaD é quantificar em termos de atividades a carga horária da disciplina. Na EaD, o tempo de estudo do aluno é a base para contabilização de carga horária de conteúdo. Partindo do princípio de que o aluno irá interagir com linguagem multimídia, isto é, textos, videoaulas, exercícios, atividades, sons, imagens, dentre outros, a Univesp elaborou uma tabela com métricas para elaboração de conteúdo. Considere as métricas a seguir:

Clique nos itens para ver a carga horária.

  • Textos
    Textos
    10 páginas equivalem a:
    Conteúdo básico Conteúdo médio Conteúdo complexo
    30 minutos 45 minutos 1 hora
  • Videoaulas
    Videoaulas
    10 minutos equivalem a:
    30 minutos (videoaula + tempo de estudo)
  • Exercícios
    Exercícios
    Considerar todos os exercícios da semana
    Conteúdo básico Conteúdo médio Conteúdo complexo
    1 hora
  • Demais objetos
    Demais objetos
    Conteúdo básico Conteúdo médio Conteúdo complexo
    30 minutos 45 minutos 1 hora

Matriz didática e de videoaulas

A matriz é o ponto de partida para a produção dos roteiros de aprendizagem e das videoaulas de uma disciplina. Ela será o planejamento e o desenho inicial da disciplina. Por isso, uma vez finalizada, é importante segui-la à risca.

O preenchimento correto das matrizes é primordial para o fluxo de produção, veja os campos que você precisará preencher:

A matriz de videoaulas terá os seguintes campos a serem preenchidos para cada videoaula:

Semana Neste campo você colocará a semana a que pertencerá a videoaula
Sequência Neste campo você colocará o número de identificação da videoaula (começando por 1, 2, 3, …)
Título Neste campo você colocará o título da videoaula (algo que remeta a sua temática)
Objetivo Neste campo você colocará os objetivos de aprendizagem que o estudante deve alcançar com a videoaula (usando a taxonomia de Bloom)
Formato Escolha entre os formatos de videoaula (tradicional com slides, entrevista, roteirizada ou documentário)
Detalhamento Neste campo você pode colocar alguma observação sobre a videoaula (observações, nome de entrevistados, local de gravação externa etc.)

Veja o exemplo de um trecho de uma matriz de videoaulas preenchida:

Semana Sequência Título Objetivos Formato Detalhamento
1 1 Números: uma construção humana Reconhecer a ideia de número como uma construção humana, situada historicamente, culturalmente e socialmente; compreender as funções sociais dos números: contagem, medida e código; reconhecer características dos sistemas de numeração posicional e aditivo Roteirizada Videoaula expositiva, com cortes para vídeos
1 2 Bases numéricas Reconhecer historicamente a ideia de base numérica; converter números entre diferentes bases; reconhecer usos de bases distintas no cotidiano: duodecimal (medida de tempo), binária, octal e hexadecimal (informática) Tradicional com slides Sem obs.

Importante!

  1. Planeje ao menos uma Videoaula de Revisão, essa videoaula será disponibilizada na Semana 8 da disciplina e terá como objetivo revisitar os principais tópicos da disciplina e preparar o estudante para a prova.
  2. Planeje no mínimo duas videoaulas, ao longo da disciplina, que tenham como objetivo a apresentação detalhada de casos práticos e a aplicação do conteúdo abordado. Essas videoaulas serão responsáveis por aprofundar a compreensão dos alunos em relação à aplicabilidade prática dos conceitos teóricos apresentados, proporcionando-lhes uma visão mais abrangente e contextualizada do conhecimento transmitido.

A matriz didática terá os seguintes campos a serem preenchidos por semana:

Tema Neste campo você colocará um título para o roteiro da semana (algo que remeta à temática de estudos)
Nesta semana, o discente deve ser capaz de Neste campo você colocará os objetivos de aprendizagem que o estudante deve alcançar com o roteiro/semana de estudo (usando a taxonomia de Bloom)
Conteúdo programático Neste campo você colocará todos os tópicos que serão abordados na semana de estudo

Os seguintes campos deverão ser preenchidos para cada material-base (estudo obrigatório) e material de apoio (estudo não obrigatório) da semana:

Material Escolha o formato do material (texto básico, texto médio, texto complexo, vídeo, recurso, apostila, videoaula ou exercício)
Título / indicação do trecho Neste campo você colocará o título do material e o trecho de interesse (páginas, capítulos, minutagens etc.)
Autoria Neste campo você colocará o nome do autor do material
Quantidade (página/ minutagem) Neste campo você colocará a quantidade de páginas ou minutos do material
Link Neste campo você colocará o link de acesso ao material

Veja o exemplo de um trecho de uma matriz didática preenchida:

Tema Alfabetização e letramento para jovens e adultos
Nesta semana, o discente deve ser capaz de
  • Compreender os processos de letramento e como eles estão relacionados à construção do conhecimento.
  • Refletir sobre práticas que desenvolvam a alfabetização científica e o letramento crítico nos estudantes adultos.
  • Criar um mapa mental sobre práticas de alfabetização e letramento.
Conteúdo programático
  • Estudo aprofundado das práticas de alfabetização e letramento específicas para jovens e adultos.
  • Desenvolvimento de estratégias e materiais adaptados à alfabetização de adultos.
  • Promoção do letramento crítico e construção do conhecimento nesse público.
  • Utilização de tecnologias educacionais para apoiar o processo de alfabetização.
MATERIAL TÍTULO/INDICAÇÃO DO TRECHO AUTORIA QUANTIDADE (PÁGINA/ MINUTAGEM) LINK
Texto básico Alfabetização de jovens e adultos no Brasil: lições da prática (Capítulo II – p. 57 a 70) Unesco 13 http://forumeja. org.br/ sites/forum eja.org.br/ files/ALFABETIZA%C3 %87%C3%83O%20DE %20ADULTOS%20NO %20BRASIL.pdf
Videoaula Alfabetização, letramento e cidadania para jovens e adultos Professor(a) conteudista 10 A ser produzida

Importante!

Os campos “Material” e “Quantidade” são fatores de conversão para a contabilização automática da carga horária. Para isso, considere que textos básico, médio e complexo têm fatores de conversão diferentes a depender a dificuldade.

Assista ao vídeo abaixo para sintetizar como produzir a matriz didática e de videoaulas da sua disciplina.

Vídeo – Tutorial - Matriz didática e de videoaulas
Assista no YouTube: "Tutorial - Matriz didática e de videoaulas"

Nas próximas seções, você, professor(a) conteudista, verá os detalhes de produção de roteiros e videoaulas com exemplos.

Produção de roteiros de aprendizagem

O roteiro de aprendizagem é um “mapa” do conteúdo que será apresentado ao estudante no AVA, em cada uma das semanas ou quinzenas da disciplina, a partir de uma sequência didática que favoreça a aprendizagem dos estudantes e tendo como base o modelo pedagógico da Univesp.

Linguagem dialógica

Um aspecto crucial a respeito do roteiro de aprendizagem é a forma com que você, autor(a), irá engajar o aluno em sua proposta de ensino por meio da linguagem.

Importante!

É muito comum, na língua escrita, tratarmos os assuntos com maior formalidade, afinal, o padrão escrito é diferente do falado. Todavia, temos que levar em consideração que, ao ler um enunciado ou uma instrução, o estudante precisa sentir-se próximo do professor, e a linguagem dialógica proporciona isso.

Exemplo: Olá, estudante! Boas-vindas à Semana 7! Confira, no vídeo abaixo, os materiais da nossa semana. Você verá que são bastante variados, mas todos têm o mesmo objetivo: discutir a visão de terra, posse, cultivo e cultura. Vamos lá?

Estrutura do roteiro

Vamos ver as seções que compõem um roteiro. Clique em cada seção do roteiro para ver o quadro explicativo.

A seção Costurando demonstra como os conteúdos da semana estão conectados entre si. Você poderá produzi-la nos formatos de texto, vídeo ou podcast. Qualquer que seja o formato escolhido, a seção sempre deve vir acompanhada dos objetivos de aprendizagem da semana.

Exemplo:

Olá, estudante! Boas-vindas à sexta semana da disciplina.

Para começar, assista ao vídeo abaixo:

Assista no YouTube: "Matemática Básica - Costurando - Semana 06"

Objetivos de aprendizagem

Ao final desta semana, você deverá ser capaz de:

  • Compreender a noção de regra de três.
  • Identificar situações que envolvem regra de três simples e composta, diferenciando esses dois contextos.
  • Aplicar regra de três (simples e composta) em situações-problema.

Vamos começar!?

Produção de videoaulas

Uma das etapas mais importantes no processo de produção de uma disciplina é a preparação e gravação das videoaulas. Planeje-se para ir até o estúdio da TV Univesp para gravar as videoaulas planejadas.

Clique em cada tipo de videoaula para saber mais.

Videoaula tradicional com slide – O(a) professor(a) usa PowerPoint como principal ponto de apoio para sua videoaula. Veja o exemplo a seguir:

VideoaulaIntrodução à ética: conceitos fundamentais

Assista no YouTube: "Introdução à ética: conceitos fundamentais"

Produção de apostilas

Objetivo da apostila: Retomar e organizar os principais conteúdos da semana de estudo de forma didática e estruturada para facilitar a assimilação pelos estudantes.

Função da apostila: Servir como material de referência que sintetiza, contextualiza e facilita a compreensão do conteúdo apresentado nas videoaulas e nos textos-base da semana. Não deve introduzir conceitos totalmente novos, mas, sim, aprofundar e organizar o conhecimento já apresentado.

Características essenciais:

  • Extensão

    7-15 páginas por semana de conteúdo (excluindo capa, sumário, glossário e referências).
  • Linguagem

    Dialógica, conversando diretamente com o estudante de forma envolvente.
  • Estrutura

    Organizada em seções lógicas, evitando listas de definições descontextualizadas.
  • Conteúdo

    Deve reforçar e organizar o que já foi apresentado nas videoaulas e nos textos-base.
  • Exemplos

    Inclua exemplos práticos e, quando possível, exercícios resolvidos passo a passo.
  • Fórmulas

    Use editor matemático para garantir a correta apresentação de expressões.

Importante!

A apostila não deve apresentar conteúdos novos que não foram abordados nas videoaulas ou nos textos-base da semana. Sua função é ajudar o estudante a assimilar e revisar o conteúdo já apresentado.

Este é apenas um resumo das principais diretrizes para criação de apostilas na Univesp. Para informações detalhadas, exemplos práticos e modelos visuais, consulte o Guia Visual Completo para Apostilas Univesp.

Produção de questões

Para produzir uma questão avaliativa de qualidade é preciso que o conjunto “enunciado, alternativas e justificativa” esteja bom. Nesta seção trataremos justamente desses quesitos.

Importante!

Somente materiais-base podem ser usados como fundamento para produção de questões avaliativas. Nunca use materiais de apoio!

Enunciado

Veja os pontos de atenção ao produzir enunciados. Clique no card para virá-lo:

  • O que fazer

    O que fazer

    Deve definir claramente a tarefa a ser realizada pelo aluno (escreva, resolva, analise, elabore – inclusive, são esses verbos que vão te ajudar a definir qual é o nível de dificuldade de cada questão, conforme citado anteriormente).

  • O que não fazer

    O que não fazer

    Não deve conter “pegadinhas”.

  • O que fazer

    O que fazer

    Deve possuir alguma contextualização (ou seja, em vez de começar diretamente com “escolha a alternativa correta”, é necessário trazer algum conceito ou trecho de material que os alunos já tenham acessado para contextualizar a pergunta).

  • O que não fazer

    O que não fazer

    Não deve utilizar termos como “incorreto”, “errado”, “exceto”, que induzem o aluno ao erro (não é indicado, por exemplo, um enunciado como “Entre as alternativas a seguir, escolha a única opção incorreta”).

  • O que fazer

    O que fazer

    O contexto, ou contextualização, da questão deve estar diretamente relacionado ao assunto tratado e precisa ser relevante para a sua resolução.

  • O que não fazer

    O que não fazer

    Deve evitar palavras como “totalmente”, “sempre”, “nunca”.

Alternativas

O padrão de questões da Univesp considera sempre cinco alternativas de resposta da questão, seguindo o padrão do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).

Veja os pontos de atenção ao produzir alternativas. Clique no card para virá-lo:

  • O que fazer

    O que fazer

    Devem ser de tamanho proporcional entre si (se uma questão possui uma alternativa com três linhas e outra apenas com uma palavra, pode causar confusão no aluno ou mesmo “entregar” qual é a resposta certa).

  • O que não fazer

    O que não fazer

    Não devem ter: todas as anteriores, nenhuma das anteriores etc.

  • O que fazer

    O que fazer

    Devem apresentar sentenças curtas, sem detalhes desnecessários.

  • O que não fazer

    O que não fazer

    Não devem abordar conteúdos muito diversos do que está sendo solicitado no enunciado.

  • O que fazer

    O que fazer

    Devem ter uma lógica de apresentação, geralmente focada em resultados que os alunos chegariam ao errar o raciocínio.

  • O que não fazer

    O que não fazer

    Não devem induzir ao acerto apenas por exclusão de respostas.

Justificativa

Partindo da concepção de avaliação formativa, toda questão deve oferecer feedback construtivo. Isso permite ao estudante não somente verificar as respostas corretas, como também exercitar sua autonomia e seu protagonismo frente ao próprio processo formativo, compreendendo seus erros, reavaliando suas hipóteses e identificando aspectos que deveria estudar mais ou aprofundar.

  • A justificativa deve não somente comentar e justificar a alternativa correta, como também explicar o porquê de as demais alternativas estarem incorretas. Para tanto, é possível utilizar citações dos materiais-base para fundamentar a justificativa, mas é obrigatório elaborar um texto autoral a partir delas, não se resumindo à simples citação.
  • Para a elaboração da justificativa em questões objetivas, é possível listar as alternativas explicando cada uma isoladamente ou criar um texto narrativo que aborde todas as alternativas justificando cada uma delas.
  • Ressaltamos que não se deve indicar a letra correspondente à alternativa correta ou incorreta, pois as alternativas são randomizadas; caso necessite mencionar a alternativa, copie e cole o texto dela na justificativa.

Assista ao vídeo com mais detalhes em relação à produção de questões e com as tipologias que usamos.

Avaliação na Univesp
Assista no YouTube: "Avaliação na Univesp"

Preenchimento de questões de atividade avaliativa e prova

A produção de questões de Atividade Avaliativa e Prova terão os seguintes campos para preenchimento:

  • Módulo: [semana a que se refere]
  • Fundamentado no material-base: [videoaula ou texto-base]
  • Páginas: [slides ou páginas]
  • Objetivo de aprendizagem: [Registre o objetivo de aprendizagem da questão. Utilize a taxonomia de Bloom – Revisada]
  • Grau de dificuldade: [Fácil; Intermediário ou Difícil]

Os componentes de uma questão são: enunciado, alternativa correta, distratores e justificativa.

Para o cadastro de questões de Prova e Atividade Avaliativa, você precisa acessar ao sistema de provas. Veja o tutorial disponível para te auxiliar:

Cadastro de questões – Mestre GR
Assista no YouTube: "Cadastro de questões – Mestre GR"

Recurso educacional aberto (REA)

O REA será um dos materiais que você, professor(a) conteudista, pode produzir junto à equipe Univesp e disponibilizar para os estudantes. Para a produção, pense em conteúdos que podem ser transformados de forma interativa, seja por trechos interativos, por meio de jogos ou simulações.

Veja alguns dos recursos produzidos para ter ideias.

Você Sabia?

Você sabia que a Univesp tem um repositório de REAs com mais de 100 recursos educacionais das mais diversas áreas?

Vale a pena ver se algum recurso já criado pode ser útil para a disciplina que está produzindo. Acesse o repositório de REAs.

Se tiver alguma ideia de REA, converse com o DI da disciplina.

Acessibilidade

A acessibilidade dos materiais didáticos é algo que precisa ser assegurado durante a sua produção. Por isso, veja alguns pontos importantes em relação à acessibilidade dos materiais didáticos.

Redação de textos

  • Escreva com linguagem clara e de fácil compreensão.
  • Mantenha a simplicidade na linguagem e siga um padrão na forma de redigir e apresentar as informações.
  • Separe parágrafos muito extensos em outros menores.
  • Quando possível, apresente trechos do texto em tópicos, em forma de lista.
  • Desenvolva a escrita de modo que o estudante possa focar sua atenção nas partes mais importantes do conteúdo.
  • Quando necessário, utilize imagens para exemplificar e auxiliar na compreensão de conceitos abstratos. Porém, as imagens devem possuir descrição.

Criação de slides

  • Respeite o tamanho da fonte e o espaço do intérprete de Libras na construção do slide (seguir modelo Univesp).
  • Use linguagem de fácil compreensão.
  • Ao usar citações, coloque os nomes dos autores. Quando necessário, pode inserir termos estrangeiros nos slides. Porém, no momento da exposição da aula, é importante mencionar a citação e a autoria, assim como explicar o termo estrangeiro utilizado.
  • Grife palavras-chave, isso ajuda na compreensão dos conceitos. Porém, no momento da exposição da aula, é preciso dizer o que está destacado no slide.
  • Descreva as imagens utilizadas (gráficos, tabelas, fotos etc.).
  • Aborde explicações breves de termos técnicos e utilize a mesma nomenclatura dos termos técnicos na aula inteira.

Descrição de imagens

Ao inserir imagens que transmitem informação, é preciso oferecer uma descrição para elas. Essa descrição permite que usuários de leitores de tela, como pessoas com deficiência visual e com baixa visão possam ter acesso ao conteúdo das imagens, mesmo sem conseguir enxergá-las.

Veja como fazer isso com o REA “Toda imagem conta uma história”.

Questões

  • Questões que utilizam de lacunas a serem preenchidas: é importante que nos vazios (lacunas) haja a informação de que tal espaço deve ser preenchido.

    Exemplo: Dados dois [preencher 1] A e B não disjuntos, isto é, A ∩ B ≠ Ø, podemos dizer que o [preencher 2] a seguir representa o conjunto [preencher 3].

  • Para questões do tipo associação: a sugestão é que seja apresentado em uma tabela HTML simples, pois, assim, os usuários de leitores de tela conseguem percorrer melhor entre as alternativas e fazer as associações necessárias.

    Exemplo:

    A. Macharia I. Conjunto fundido
    B. Vazamento e solidificação II. Peça semiacabada
    C. Rebarbação e limpeza III. Molde
Chegamos ao fim desse módulo!

Esperamos que você, professor(a) conteudista, tenha compreendido um pouco a respeitos dos aspectos importantes em relação à produção de objetivos de aprendizagem, matriz, roteiro, videoaulas, questões e materiais acessíveis.

Lembre-se: qualquer dúvida pode ser sanada pelo DI responsável pela disciplina.

Bom começo de produção conosco!