Dados:
São fatos que podem ser registrados e têm um significado. Constituem a matéria prima da informação, ou seja, é a informação não tratada.
INTRODUÇÃO
A BANCO DE
DADOS
Este texto-base aborda os seguintes temas. Clique para navegar.
O conceito de banco de dados relaciona-se ao armazenamento, manutenção e resgate de informações em um sistema. A necessidade de organizar informações está presente em diversos contextos cotidianos:
Em outras palavras, bancos de dados são conjuntos de informações inter-relacionadas sobre determinado assunto, armazenados de modo a permitir o acesso organizado por parte dos usuários. Segundo a definição de Elmasri e Navathe (2011), “um banco de dados representa algum aspecto do mundo real, às vezes chamado de minimundo ou de universo de discurso (UoD – Universe of Discourse).”1
Os bancos de dados têm como objetivo proporcionar agilidade, uniformidade e segurança em todas as suas fases. Ao juntarmos o conhecimento pré-existente à velocidade de processamento e à capacidade de armazenamento de informações proporcionadas pela informática, é possível criar modelos interessantes para o usuário: fáceis de usar, com rápida consulta e resposta, e baixo custo de manutenção.2
O desenvolvedor de sistemas tem a importante tarefa de criar bancos de dados íntegros, concisos e seguros para suas aplicações.
Agora que você já conhece a definição e viu exemplos de banco de dados, procure responder: por que chamamos “banco de dados”? Não poderia ser “banco de informações”?
São fatos que podem ser registrados e têm um significado. Constituem a matéria prima da informação, ou seja, é a informação não tratada.
É um conjunto de dados organizados, que passam algum conhecimento e referência sobre um determinado acontecimento, fato ou fenômeno.
Tomando como exemplo uma pesquisa eleitoral: cada entrevistado fornece opiniões conforme as suas preferências entre os candidatos, mas essa opinião individual não significa muita coisa no contexto da eleição. A opinião de um entrevistado único é um dado. Porém, depois de ser integrada às opiniões dos demais respondentes, torna-se algo com significado, uma informação.
Agora, tomando como exemplo um número de telefone: (11) 58899.3587 é um número, mas não carrega significado por si só; é um dado. Já na frase “O número do telefone da Viviane é (11) 58899.3587”, temos uma informação!
Agora, conheça a estrutura de um banco de dados, ou seja, como ele funciona. Analise a imagem a seguir:
Você notou que um banco de dados é composto por dados contidos em campos que são organizados em tabelas? Também percebeu a importância do Sistema Gerenciador do Banco de Dados? Ele é um programa que permite ao usuário interagir com o banco, ou seja, permite que o usuário inclua, manipule e consulte sua base de dados.
Assista ao vídeo a seguir, que retoma alguns conceitos que você já conhece e apresenta mais noções sobre bancos de dados.
Compreender a estrutura dos bancos de dados ajudará você a entender como funcionará a instalação do software SGBD e a linguagem SQL na prática. Vamos abordar esses conceitos para que você possa entender melhor!
Como você viu, um Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) é um pacote de ferramentas com o propósito geral de facilitar os processos de definição, construção, compartilhamento e manipulação de um banco de dados entre vários usuários e aplicações.
A construção de um banco de dados é o processo que permite armazenar os dados em alguma mídia apropriada controlada pelo SGBD. A manipulação inclui funções como: pesquisar em banco de dados para recuperar um dado específico, atualizar o banco para refletir as mudanças no minimundo e gerar relatórios dos dados.
O compartilhamento permite aos múltiplos usuários acessarem, de forma concorrente (simultânea), o banco de dados.
Veja a seguir alguns SGBDs existentes no mercado:
Algumas das funções básicas dos SGBD estão listadas abaixo. Clique em cada uma para conhecê-las com maiores detalhes!
Métodos de Acesso são as formas que o usuário utiliza para comunicar-se com o SGBD, com o objetivo de:
Agora, você verá os três principais métodos de acesso existentes em ferramentas SGBD: as linguagens DDL, DML e DQL.
Você já deve ter ouvido falar que uma pessoa é íntegra, não é mesmo? Sabe o que isso significa? Que aquela pessoa é honesta, imparcial, correta. Então, quando falamos em “restrições de integridade” estamos nos referindo a práticas que buscam garantir que as informações do banco de dados sejam corretas e confiáveis!
As três formas mais comuns à integridade são: de domínio, de entidade e referencial.
Um SGBD deve manter um sistema de segurança para proteger a base de dados de acessos não autorizados. Para isso, são impostas regras de confiabilidade que visam certificar que somente pessoas autorizadas terão acesso a determinadas informações.
Segundo Sêmola (2003, p. 45), “toda informação deve ser protegida de acordo com o grau de sigilo de seu conteúdo, visando à limitação de seu acesso e uso apenas pelas pessoas para quem elas são destinadas”.
O sistema de segurança do SGBD também deve garantir que a informação mantenha todas as características originais. Para isso são impostas regras de integridade que definem quais pessoas podem ter acesso à base de dados e quais operações podem realizar. Por exemplo, um cliente pode consultar o extrato da sua conta bancária, mas não pode alterá-lo.
O SGBD deve dispor de procedimentos de segurança física e lógica que permitem efetuar cópias e recuperação de dados em caso de falhas, de modo a garantir a segurança e a integridade dos dados. Veja alguns exemplos:
As funções se dividem em dois tipos: funções de linha e funções de assessoria.
O controle de concorrência é utilizado para fazer o controle de transações que são acessadas ao mesmo tempo por usuários distintos, ou seja, quando dois usuários acessam simultaneamente a mesma informação. Um SGBD multiusuário deve permitir que vários usuários possam acessar os dados ao mesmo tempo, havendo o controle de concorrência deve-se evitar o acesso desordenado ao banco. Dessa maneira, os resultados das atualizações estarão sempre corretos. Veja no exemplo a seguir a importância dessa funcionalidade:
Imagine que você tenha uma conta bancária conjunta com alguém e que ambos resolvem sacar o valor existente na conta, em caixas eletrônicos diferentes. Se o SGBD do banco não tivesse um sistema de controle de concorrência, permitiria que vocês sacassem o dobro do saldo, mesmo não tendo limite de crédito
Chegamos à ultima função básica de SGBDs!
Independência de dados é a capacidade de conseguir isolar o usuário de detalhes internos do banco de dados (abstração de dados) e prover independência de dados às aplicações (estrutura física de armazenamento e estratégia de acesso).
Quando um usuário utiliza um banco de dados, ele não faz ideia da quantidade de informações que está manipulando. Isso porque o SGBD oculta certos detalhes de como os dados são armazenados ou mantidos, proporcionando ao usuário uma visão abstrata dos dados. Os bancos de dados são frequentemente utilizados por pessoas sem conhecimentos sobre sistemas da informação, então é preciso que o SGBD manipule dados complexos e apresente ao usuário apenas as telas com dados de seu interesse e permissão de acesso.
Existem três níveis de abstração:
menor nível de abstração. Representa com detalhes as estruturas complexas de baixo nível. Em outras palavras, descreve como os dados são armazenados.
Os modelos de um banco de dados são descrições dos tipos de informações que estarão armazenadas nesse banco. Eles podem, por exemplo, informar que o banco guarda informações sobre produtos e que, para cada produto, são registrados dados como o código, o preço e a descrição.
Para construir um modelo usa-se uma linguagem de modelagem de dados. Existem linguagens textuais e linguagens gráficas e é possível descrever os modelos em diferentes níveis de abstração e com objetivos distintos. Conheça os três modelos existentes, conceitual, lógico e físico, a seguir. A modelagem de dados é um assunto muito interessante e será detalhado em uma unidade futura!
Até aqui você conheceu as definições, os exemplos e as funções que um Sistema Gerenciador de Banco de Dados executa, mas você pode estar pensando:
Sempre que uma empresa ou um cliente tiver um sistema, precisará desenvolver um SGBD?
Há casos em que não se deve utilizar um SGBD?
Apesar de todas as funcionalidades e vantagens apresentadas até o momento, existem algumas situações em que o SGBD pode envolver custos não compatíveis com as possibilidades e necessidades da empresa. Veja algumas situações:
Implantar um SGBD envolve alto investimento inicial em hardware, software e treinamento;
Também pode haver necessidade de um hardware adicional;
Se o banco de dados for simples e bem definido, o custo de implantar o SBGD não se justifica;
Quando o uso do banco ocorrer somente de acesso centralizado (ou seja, um único usuário), também pode não ser necessário implantar um SGBD;
Em algumas situações não há necessidade de esforço adicional para oferecer funções de segurança, controle, recuperação e integridade de dados, podendo-se abrir mão do SGBD
Agora que você já conhece a definição de banco de dados, o que é um SGBD e tem noções iniciais sobre modelagem de dados, conheça 6 caracterísitcas dos bancos de dados: