A MICROEMPRESA E A
EMPRESA DE PEQUENO
PORTE NO BRASIL
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Quando as grandes cadeias de hipermercados começaram a crescer no Brasil, inclusive com a chegada de redes internacionais como Makro e Carrefour, muitos acreditaram que seria o fim do pequeno armazém de bairro
No entanto, o tempo mostrou que não era bem assim. Embora muitos pequenos negócios tenham fechado, como resultado da perda de clientes para os grandes hipermercados, outros conseguiram sobreviver e continuam muito bem.
Sabe o que dizem os estudos de mercado sobre o pequeno comércio de bairro? Que eles têm algumas vantagens competitivas frente às grandes redes de hipermercados.
Confiança
Oferta
certa
Venda
fiada



1. Confiança
O próprio dono atende o cliente, além de conhecê-lo pelo nome e muitas vezes ter relação de amizade e confiança.
Frente às grandes empresas, as pequenas podem até se sentir muito modestas e sem dinheiro, mas elas têm alguns recursos para encontrar seu espaço no mercado e ter sucesso. Cada tipo de estabelecimento trará vantagens e desvantagens para o consumidor, e é importante que se valorize as possibilidades que uma relação mais próxima com o cliente pode trazer.







Muitas pequenas empresas conseguem excelentes resultados ao unir trabalho com uma boa dose de criatividade, evitando desvantagens típicas de empresas grandes.
Além disso, por ser de menor porte, pode fazer mudanças mais rapidamente.
Vamos pensar em uma grande rede internacional de lanchonetes fast-food tentando fazer uma ação simples: mudar um item do cardápio. Veja só quantas atividades estão envolvidas nessa alteração:

Há redes de restaurantes e lanchonetes com mais de 30 mil estabelecimentos no mundo. Redes desse porte nem têm interesse em mudar a toda hora, pois o seu negócio é o chamado fast-food – comida que sai rapidamente, com rápido atendimento.
Nesses casos, o cliente não procura mudanças nem atendimento personalizado, mas sim rapidez e padronização do produto entregue.
Por outro lado, uma pequena lanchonete pode fazer uma mudança de um dia para o outro, e ainda há espaço para atender ao desejo do cliente de um modo mais personalizado.


Leonel é taxista há 15 anos e há dois têm trabalhado também como motorista de aplicativos. Ele sempre diz:

Ele sabe quanto fatura por mês, por semana e por dia. Sabe quanto gasta de gasolina por dia e por quilômetro rodado. Também sabe dizer as regiões da cidade e os horários das melhores corridas.
Qual o segredo do negócio de Leonel?

É ter muita organização com as próprias finanças (eu nunca troco de carro sem dinheiro) e sempre dar um excelente atendimento ao cliente.
Você sabe: rádio baixo com música suave, falar delicadamente só quando perguntarem alguma coisa, tratar por “senhor” e “senhora”, perguntar se o ar-condicionado está bom, essas coisas.
No final das corridas, sempre deixo meu cartão pessoal, caso o passageiro precise me contatar futuramente!


Essas perguntas têm ocupado os estudiosos da área. A seguir, você conhecerá algumas conclusões a que eles chegaram em suas pesquisas.

EMPREENDEDORES SE FORMAM
Você já deve ter ouvido, ou até mesmo falado, uma frase do tipo: “Esse nasceu sabendo desenhar, aquele nasceu sabendo jogar futebol.” Pois há pessoas que, talvez pela formação e influência que receberam na escola ou na família, parecem ter nascido com o perfil de um empreendedor.
Mas não é bem assim. Mesmo que não seja desde a infância, o empreendedorismo pode ser desenvolvido, através do estudo, do autoconhecimento e do trabalho. Siga em frente!


O EMPREENDEDOR QUER ASSUMIR O CONTROLE DA PRÓPRIA VIDA
Tem gente que adora culpar o mundo por seus problemas: o vizinho, o marido, a família, o Governo. Parece que todo mundo só tem uma ocupação, que é prejudicar àquela pessoa.
A diferença dessas pessoas em relação às pessoas que têm perfil empreendedor é que estas tomam as decisões da sua vida e se sentem responsáveis pelo que acontece com ela. Assim, fica mais fácil ser feliz, porque a felicidade depende mais dele do que da vida lá fora.


O EMPREENDEDOR TEM CAPACIDADE DE ASSUMIR RISCOS
Tem gente que não aguenta ter negócio próprio porque tem medo. Não suporta viver sem ter um dinheiro certo no fim do mês, ou sabendo que terá que ter capacidade para gerar a própria renda a cada novo dia. Essa postura tem a sua razão de ser, afinal, montar um negócio é algo que sempre envolve risco.
O empreendedor assume esse risco, ele é que passa a ser a segurança de outras pessoas. Isso não tem nada a ver com ser irresponsável ou arriscar tudo: tem a ver com assumir riscos calculados.


O EMPREENDEDOR NÃO SÓ FALA, ELE FAZ
Enquanto muita gente pensa: “Puxa, eu ainda tenho tanto que aprender”, o empreendedor reconhece seu próprio valor, vai lá e faz.

Empreendedor é aquele que toma a iniciativa de investir e coordenar recursos para produzir bens ou serviços em uma empresa com ou sem fins lucrativos.
É uma pessoa inovadora, que tenta introduzir novos produtos e serviços no mercado, tomando para si a responsabilidade pela condução e direcionamento do futuro do seu negócio, assumindo não só os riscos pessoais, mas também os de todos os envolvidos nele.

“Algumas pessoas veem as coisas como são e perguntam: Por quê?
Sonho com coisas que nunca existiram e pergunto: Por que não?”
George Bernard Shawc

Momento de Reflexão
Escolha uma atividade da sua rotina que seja realizada em prol de um grupo. Pode ser desde trabalhos escolares até atividades domésticas, como fazer aquela faxina caprichada. Agora reflita: você e seu grupo costumam dividir quais tarefas devem ser realizadas por cada integrante? Por quê? E como vocês decidem quem deve realizar cada atividade?

Muito se fala hoje em microempresas e pequenas empresas. Afinal, o que é exatamente uma micro e pequena empresa? Não existe um critério único. No entanto, a lei no Brasil, classifica o tamanho das empresas por sua receita anual, seu faturamento:

Os termos micro e pequena empresa surgiram durante o regime militar, na campanha de “desburocratização nacional”, que, entre outros aspectos, instituiu o Estatuto da Microempresa, com o objetivo de estimular a abertura de novos negócios. Em 1999, o Governo Federal instituiu o Novo Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, que regulamentou o assunto. Em 2006, a Lei Complementar nº 123 instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. Essa Lei foi alterada pela Lei Complementar nº 155, de 27 de outubro de 2016, que reorganizou e simplificou a metodologia de apuração do imposto devido.


Micro e pequenas empresas são uma potência no mercado nacional. Elas representam 27% do Produto Interno Bruto (PIB) e devem, segundo estudo do Sebrae, chegar até 17,7 milhões de empreendimentos até 2022.

No Brasil, dentre os negócios mais promissores no ano de 2018 estão os setores alimentícios, beleza e serviços, cosméticos, calçados, vestuários etc. Representando 98,5% das empresas brasileiras, segundo o Sebrae, as MPEs reafirmam a sua relevância e mostram que é possível se manter e, ainda, crescer.
Para mais informações, leia a reportagem Micro e pequenas empresas mantém o cenário positivo mesmo com reflexos da crise financeira.
Os pequenos negócios respondem por mais de 1/4 do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Juntas, as cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas no país representam 27% do PIB, um resultado que vem crescendo nos últimos anos. Os dados inéditos são revelados pelo presidente do Sebrae.
As micro e pequenas empresas são as principais geradoras de riqueza no comércio no Brasil, já que respondem por 53,4% do PIB deste setor. No PIB da Indústria, a participação das micro e pequenas (22,5%) já se aproxima das médias empresas (24,5%). E no setor de Serviços, mais de um terço da produção nacional (36,3%) têm origem nos pequenos negócios.



Você pode aprofundar seus estudos lendo a pesquisa;

Talvez você esteja pensando que abrir uma empresa é algo muito difícil, que há muitos desafios a vencer. Afinal, vale a pena ter uma empresa, ser empreendedor?
A resposta é muito pessoal. Depende da sua capacidade de lidar com as situações. No entanto, não há dúvida de que uma empresa própria, quando bem planejada e administrada, pode ser fonte de grandes realizações e felicidade para seus empreendedores.
Desafios do empreendedor
- O volume de trabalho é enorme; os empreendedores costumam dedicar muitas horas de sua vida ao negócio;
- É preciso dedicar muita energia, pois um negócio só terá sucesso com muita dedicação e compromisso dos sócios;
- Muitas vezes é preciso aplicar todas ou boa parte das economias num negócio, para poder estruturá-lo, correndo o risco de perder tudo se ele não der certo.

Agora que você está estudando as pequenas empresas, quando passar por um pequeno negócio, lembre-se:

