fraude acadêmica
A ausência de integridade acadêmica acompanha o aluno para além da sala de aula e se integra ao cotidiano de cada indivíduo influenciando a conduta íntegra dos cidadãos, em vários aspectos da vida.
Por isso, é muito importante que o estudante universitário entenda que pode ser considerada fraude acadêmica todo tipo de prática antiética relativa ao trabalho acadêmico, por exemplo, compra ou venda de trabalhos, usar trabalhos de outros estudantes (autoria não é a do aluno) com ou sem sua autorização, violações de direitos de autoria, falsificação de títulos, terceirização de tarefas, copias de outros lugares sem a devida citação (plágio) etc.
O plágio é um tipo de fraude acadêmica e tem implicações legais sérias, pois viola a lei nº 9.610/98, conhecida como Lei de Direitos Autorais. Plágio é a realização de cópia indevida e/ou não autorizada pelos autores originais. É realizado quando algum conhecimento, reflexão, ideia ou informação é apropriada sem que o autor de referência seja citado.
O plágio é uma ação antiética e pode colocar em risco a vida acadêmica do estudante, por isso, para evitar essa ação, é necessário sempre citar a fonte (autor e o ano de publicação) no corpo do texto e no final do trabalho como “referências bibliográficas”. Desta maneira, os créditos do autor são atribuídos e devidamente respeitados.
Não se engane! Há vários tipos de plágio!
Tipos de plágio
Vamos conhecer alguns dos tipos de plágio.
Utilize os botões para acessar as informações de cada item.
Plágio integral
Cópia integral do conteúdo de outro autor.
Será que é plágio?
Para praticar, vamos apresentar abaixo algumas situações.
Tente identificar se é plágio ou não.
Se desejar rever algum item, você pode voltar clicando sobre o número correspondente.
A proposta do trabalho do semestre passado é parecida com a deste semestre. Vou aproveitar várias partes de outros trabalhos porque o trabalho é meu mesmo.
Muito bem! Cada proposta de trabalho acadêmico tem seus objetivos, por isso, nada de “aproveitar” trabalhos anteriores. Lembre-se de que você é produtor de conhecimentos, aproveite para aprender mais, produzindo novas pesquisas e aprofundando seus saberes.
Ops! É plágio! Mesmo que o trabalho seja seu, utilizar um trabalho anterior e entregá-lo como original não é ético. Se quiser “aproveitar” partes de seus trabalhos, cite-os devidamente, como faria com outros autores.
Olha! Achei os dados de uma pesquisa muito interessante! Vou usar esses números para colocar no trabalho.Como é dado quantitativo, não precisa colocar a fonte.
Isso mesmo! Se não citar a fonte, estamos cometendo plágio, nos apropriando de dados de pesquisas de outras pessoas sem citar a fonte.
Ops! É plágio! Dados quantitativos também precisam ser devidamente referenciados. Isso é importante não apenas para que você não cometa plágio como para dar confiabilidade às informações apresentadas em seu trabalho.
Meus colegas encontraram um artigo que trata do mesmo tema do nosso trabalho. Vamos utilizar como referência e citar os autores.
É isso mesmo! Quando fazemos as devidas citações e referências, fundamentamos nosso trabalho na obra de outros autores, sem cometer plágio.
Quando fazemos as devidas citações e referências, fundamentamos nosso trabalho na obra de outros autores sem cometer plágio.
Tem um artigo na internet que aborda todos os assuntos do meu trabalho. Vou aproveitar algumas partes na íntegra, pois o texto está ótimo e não tem os dados de quem o escreveu.
Muito bem! Quando nos apropriamos de um texto ou ideia, ainda que não tenhamos a informação de autoria, cometemos plágio por nos apropriarmos indevidamente de uma produção que não é nossa.
Ops! É plágio! Não importa de onde ou de quem, quando nos apropriamos de oura produção e a assumimos como nossa, estamos cometendo plágio. Para evitar, faça sempre as devidas citações e referências!
Tenho um amigo que já fez o trabalho para o semestre passado. Ele me emprestou o documento e posso mudar o nome e usá-lo neste semestre. Ninguém vai notar!
Isso aí! É plágio porque estamos aproveitando um trabalho na íntegra ou parte dele e que tem autoria diferente da minha. Você poderia lê-lo e usar algumas ideias que considera interessante, escrever com as suas palavras e pronto. Inspirar-se em outros trabalhos pode ser uma boa ideia, mas copiar inteiramente não!
Pois é! É plágio e não deve ser usado. Lembre-se de que o autor original deve ser citado. E o “ninguém vai notar” é um grande erro. Atualmente, o plágio pode ser facilmente identificado e ele pode ser constatado mesmo depois de você estar formado! Todo plágio pode sofrer sanções jurídicas. O aluno, inclusive, pode ser impedido de se formar ou, se for depois de formado(a), pode ter seu diploma invalidado.
Escutei uma música e copiei o refrão para a música que estou compondo.
Pois é! O plágio não acontece somente em trabalhos escritos. Ocorre com qualquer produção intelectual e cultural, quando o recurso está protegido pelas leis de direitos autorais.
É plágio sim! Qualquer uso de produção intelectual ou cultural não autorizada, é plágio. Fique atento!
Tenho um grupo de WhatsApp com os meus amigos e por lá compartilhamos várias respostas de provas dissertativas no momento da prova.
Sim, é plágio! Usar a resposta de outra pessoa é uma postura antiética, pois supõem-se que você deve responder sua prova por si mesmo.
É plágio sim! Como a resposta não foi elaborada por você e é de outra pessoa não pode ser usada como se fosse sua. Além disso, vale a reflexão sobre a função das avaliações e o que você diz a si mesmo quando copia a resposta do colega.
Eu fiz um trabalho para outra disciplina e vou usar parte dele. Colocarei os trechos selecionados como citações, indicando a referência ao meu trabalho anterior.
Isso aí! Pode partir do que você já realizou, mas procure agregar novas informações e pesquisas. Utilizar um outro trabalho seu sem indicá-lo nas referências pode ser considerado um autoplágio.
Você pode inspirar-se em outros trabalhos que já realizou e sempre deve indicá-los como parte de suas referências!
O meu primo apresentou o relatório de estágio dele no ano passado. Vou usá-lo para entregar, pois fiz estágio na mesma escola.
Isso aí! É plágio porque estamos aproveitando um trabalho na íntegra ou parte dele, mas ele foi desenvolvido por outra pessoa. Você pode ler e usar algumas ideias que considera interessantes para escrever, com as suas palavras, o seu próprio relatório. Inspirar-se em outros trabalhos pode ser uma boa ideia, mas copiá-los nunca!
Ops! É plágio e não deve ser usado. Lembre-se de que o autor original deve ser citado. Além disso, vale a reflexão sobre a função dos relatórios de estágio para a sua formação. As observações realizadas no campo de estágio são bastante particulares e o exercício de registrá-las é muito importante para você pensar sobre a relação entre a teoria e a prática.
O professor pediu um trabalho acadêmico e resolvi usar um trecho de uma letra de música, citando a fonte.
Ops. Não é plágio, desde que cite a fonte conforme as regras ABNT de citação e referência.
Exatamente. Não é plágio, desde que cite a fonte conforme as regras ABNT de citação e referência.
Você visualizou todas as situações propostas.
E aí, como se saiu?
Como evitar?
Fazer a citação direta ou indireta, indicando devidamente a autoria no corpo do trabalho e os dados da obra consultada nas referências bibliográficas.
Mesmo citando devidamente as referências, ainda vale uma dica!
Há recursos disponíveis na Internet que você pode usar para verificar a similaridade dos seus textos com outros textos. Esse passo é importante para que você reflita sobre a autoria do seu trabalho e possa verificar se realmente fez de forma correta as citações e referências.
Você não achava que era tão sério? É sim e você deve tomar muito cuidado, pois existem sanções acadêmicas caso o plágio seja comprovado! Busque saber, na sua universidade, quais são as implicações para esse tipo de ação.
Quer continuar explorando este tema?
Acesse Ética AcadêmicaJá viu o material sobre Ética?
Volte para Integridade Acadêmica