HISTÓRIA DO BRASIL NOS
JOGOS PARALÍMPICOS

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1948

Os Jogos de Stoke Mandeville (origem dos Jogos Paralímpicos), foram realizados pela primeira vez em 29 de julho, no Hospital de Stoke Mandeville na Inglaterra, organizados pelo neurologista alemão de origem judaica Dr. Ludwig Guttmann (1899-1980), para veteranos da Segunda Guerra Mundial, com lesões na medula espinhal. A primeira competição contou com a participação de 16 militares feridos, que competiram no tiro com arco.

1952

Os Jogos de Stoke Mandeville se tornaram internacionais.

1958

O primeiro esporte adaptado praticado no Brasil foi o basquete em cadeira de rodas. Enquanto realizavam tratamento médico nos Estados Unidos, brasileiros com deficiência conheceram a modalidade e a trouxeram para o país. Em consequência, foi fundado o Clube do Otimismo, no Rio de Janeiro, por iniciativa de Robson Sampaio de Almeida e pela ação do técnico Aldo Miccolis – dois pioneiros do Movimento no Brasil.

1960

Ficou definido que a edição dos Stoke Mandeville Games seria levada para a cidade que sediava os Jogos Olímpicos. Essa foi considerada a primeira edição dos Jogos Paralímpicos da história, que foram realizados em Roma, na Itália. Este evento contou com a participação de cerca de 400 atletas de 23 países em 8 disciplinas.

1964

Em Tóquio, o Stoke Mandeville Games passou a ser conhecido como Jogos Paralímpicos.

1972

Ocorreu a primeira participação brasileira em uma edição dos Jogos Paralímpicos de Verão, em Heidelberg, na Alemanha. Naquele ano, a delegação brasileira era composta por 20 atletas, que disputaram medalhas em quatro modalidades. No entanto, o Brasil não conquistou medalhas.

1976

A primeira medalha paralímpica do país foi conquistada nos Jogos. Justamente por Robson Sampaio de Almeida, acompanhado de Luiz Carlos, o Curtinho, faturaram a prata na modalidade Lawn Bowls, antecedente da bocha e que era praticada na grama.

1988

A partir deste ano, se oficializou que os Jogos Paralímpicos seriam realizados na mesma cidade sede dos Jogos Olímpicos em sequência.

1989

Foi fundado o Comitê Paralímpico Internacional (IPC), o órgão que governa o esporte paralímpico de maneira global. Sua função é organizar os Jogos Paralímpicos de Verão e de Inverno, além de servir como federação internacional para dez modalidades, para as quais organiza Campeonatos Mundiais e outras competições. A organização é baseada em Bonn, na Alemanha.

1995

Em 9 de fevereiro, foi fundado o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em sua primeira sede, em Niterói, no Rio de Janeiro.

1996

Tivemos uma delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Atlanta. O Brasil terminou na 37ª colocação, com 21 medalhas, sendo dois ouros, seis pratas e 13 bronzes.

2000

Nos Jogos de Sydney, os brasileiros fecharam sua participação em 24º lugar e conquistaram 22 medalhas: seis ouros, dez pratas e seis bronzes.

2001

Foi sancionada a Lei Agnelo/Piva, fundamental no desenvolvimento do esporte adaptado no Brasil. A legislação estabeleceu o repasse de parte da arrecadação das loterias federais para os Comitês Olímpico e Paralímpico. Esta verba proporcionou ao paradesporto nacional avanços estruturais e técnicos.

2002

A sede do CPB foi transferida para Brasília, no Distrito Federal.

2004

Em Atenas, na Grécia, o Brasil subiu no ranking para o 14º lugar, com 33 medalhas, sendo 14 ouros, 12 pratas e sete bronzes.

2008

Em Pequim, com o Brasil ficou na nona colocação. Foram 47 conquistas, sendo 16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes. O nadador brasileiro Daniel Dias terminou os jogos com quatro medalhas de ouro, quatro de prata e uma de bronze.

2009

Foi criado o Conselho de Atletas (CA) que tem como objetivo a representação dos atletas dentro do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

2010

Foi lançada a Academia Paralímpica Brasileira (APB).

2011

O Brasil adotava a palavra paraolimpíada, mas alterou a nomenclatura do evento para paralimpíada após pedido do Comitê Paralímpico Internacional (IPC).

2012

Nos Jogos de Londres, a delegação brasileira terminou no 7º lugar no ranking geral, com 43 medalhas, sendo 21 de ouro, 14 de prata e 8 de bronze. O nadador brasileiro Daniel Dias conquistou mais seis medalhas de ouro paralímpicas em sua carreira.

2013

Foi oficializada a construção do primeiro Centro de Treinamento Paralímpico do Brasil (CTB) em São Paulo, que foi inaugurado em maio de 2016.

2014
  • Nos Jogos Paralímpicos de Inverno, o Brasil teve sua primeira aparição, nos Jogos de Sochi, na Rússia. O snowboarder André Cintra e o esquiador Fernando Aranha formaram a delegação brasileira em território russo.

  • Informação complementar: durante a Copa do Mundo no Brasil, foi apresentado o exoesqueleto controlado pelo cérebro, que faz parte do Projeto Andar de Novo, desenvolvido pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis (nascido em 1961) e sua equipe multidisciplinar de 156 pesquisadores de diversas partes do mundo, que ajudou pessoas tetraplégicas andarem. Este dispositivo utiliza eletrodos implantados no cérebro para captar sinais neurais, que são traduzidos em movimentos pelo exoesqueleto.

2016

No Rio, o Brasil teve a melhor participação em relação ao total de medalhas: 72, sendo 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze. O país terminou o evento na oitava colocação no quadro geral. O multimedalhista brasileiro Daniel Dias foi ao pódio nove vezes, levando quatro ouros, três pratas e dois bronzes.

2017

O Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro (CTB) foi palco dos Jogos Parapan Americanos de Jovens, competição que reuniu os melhores atletas juvenis do continente americano.

2018

Foram desenvolvidos projetos como Escola Paralímpica de Esportes, que oportunizou o primeiro contato de crianças com deficiências com o esporte. Outras iniciativas, como o Camping Escolar Paralímpico, foram colocadas em prática. O Festival Dia do Atleta Paralímpico, em 22 de setembro, reuniu mais de 7 mil crianças em 48 núcleos, por todos os estados do país, em ação inédita de expansão do Movimento pelo Brasil.

2023

O CPB realizou também o Meeting Paralímpico Loterias Caixa. A competição teve a sua primeira etapa em julho e passou por dez cidades, com mais de 3 mil atletas inscritos: Manaus (AM), Campo Grande (MS), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Fortaleza (CE), Recife (PE), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e São Paulo (SP).

2024

Na França, em 24 de julho, o paratenista Kevin Piette (paraplégico desde meados de 2013) carregou a tocha olímpica das Olimpíadas de Paris, usando um protótipo de exoesqueleto desenvolvido pela empresa Atalante X, para melhorar a locomoção de pessoas com deficiência física.

2025

Inauguração de polo acessível da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). A unidade instalada no Parque Estadual Fontes do Ipiranga (PEFI) servirá de base para a Escola de Inclusão, da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD), além de capacitar os atletas paralímpicos, no Projeto Atleta Cidadão do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

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Bibliografia

CPB - Comitê Paralímpico Brasileiro. Disponível em: https://cpb.org.br. Acesso em: 20 dez. 2024.

CPB - Comitê Paralímpico Brasileiro. Educação Paralímpica. Disponível em: https://www.educacaoparalimpica.org.br. Acesso em: 20 dez. 2024.

TV Brasil. YouTube. Título do vídeo: Caminhos da Reportagem - Brasil paralímpico, potência em movimento. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cUOTGEejADI. Acesso em: 20 dez. 2024.

TV INES. YouTube. Título do vídeo: A vida em Libras: Esportes Paralímpicos I. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=QCQDso5A1e4. Acesso em 20 dez. 2024.

TV INES. YouTube. Título do vídeo: A vida em Libras: Esportes Paralímpicos I. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cUOTGEejADI. Acesso em 20 dez. 2024.

Univesp. YouTube. Título do vídeo: Libras para todos: Centro Paralímpico Brasileiro. Disponível em: https://youtu.be/zLWOtWj-dqU. Acesso em 20 dez. 2024.

Univesp. YouTube. Título do vídeo: Libras para todos: Esportes. Disponível em: https://youtu.be/Z2ZZ-4waNjQ. Acesso em 20 dez. 2024.