Para muitas pessoas, a parte mais difícil de uma redação é começar a escrever o texto. Só que, com uma boa organização inicial, esse processo se torna bem mais fácil. Escrever exige que se determine uma sequência lógica, que alguns passos básicos sejam seguidos. Então, para iniciar, é importante fazer um esboço do que você pretende apresentar para seu público leitor, fazendo um esquema ou um mapa mental. Para saber mais sobre mapa mental, é interessante conhecer nosso REA Palavra puxa palavra.
Para muitas pessoas, a parte mais difícil de uma redação é começar a escrever o texto. Só que, com uma boa organização inicial, esse processo se torna bem mais fácil. Escrever exige que se determine uma sequência lógica, que alguns passos básicos sejam seguidos. Então, para iniciar, é importante fazer um esboço do que você pretende apresentar para seu público leitor, fazendo um esquema ou um mapa mental. Para saber mais sobre mapa mental, é interessante conhecer nosso REA Palavra puxa palavra.
Para padronizar a correção de milhares de redações, a equipe que projetou o ENEM elaborou uma matriz de referência de correção, dividida em 5 competências que avaliam aspectos diferentes do texto. Uma dessas competências examina até que ponto você planejou sua redação.
O texto que você vai escrever precisa defender, com argumentos, um ponto de vista em relação à temática da proposta de redação do Exame. Os argumentos são compostos por informações, por fatos e por opiniões, que você precisa selecionar, relacionar, organizar e interpretar. Essa é sua primeira tarefa ao elaborar a redação e precisa ser feita com bastante cuidado.
ESCOLHER O TEMA CENTRAL DO SEU TEXTO
No caso do ENEM, o tema central é uma delimitação de um assunto abrangente, proposto para aquela edição do exame. A partir desse tema, faça uma lista das ideias que surgem e que se relacionam com o tema. Você pode incluir nessa lista ideias que mostrem seu conhecimento de mundo.
O seu conhecimento de mundo deve ser apresentado na redação do ENEM a partir da apresentação de assuntos tratados em livros, em filmes, em argumentos de pesquisadores de diferentes áreas, como antropologia, filosofia, ou em dados de pesquisas, entre outras coisas.
Depois de fazer essa lista de ideias, coloque-as em ordem, descartando algumas, se necessário. Ao estabelecer essa ordem, tenha em mente qual a melhor forma de interligar as ideias para apresentar o tema escolhido.
Outra das competências que será examinada na correção de sua redação é compreender o tema e não fugir do que foi proposto. Se você listou com cuidado apenas ideias que se relacionam com o tema, está no bom caminho. A redação do ENEM é um texto do tipo dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão:
- a proposição é a apresentação do ponto de vista que você vai defender em seu texto;
- a argumentação é composta pelas ideias que comprovam que seu ponto de vista é certo; e
- a conclusão é o encerramento do seu texto, com a amarração dos argumentos apresentados.
Assim, que a sequência de ideias estiver pronta, basta partir para a escrita do texto propriamente dito. O primeiro item é a introdução, em que se apresenta o tema sobre o qual você falará. Além dessa apresentação, neste primeiro parágrafo, deve ser apresentado o objetivo do texto, ou seja, o que você espera mostrar com a dissertação.
Na sequência, a partir do seu esquema, o desenvolvimento poderá ser construído com quantos parágrafos achar necessário, só ficando atento ao número máximo de linhas permitido.
Lembre-se de que cada parágrafo deve conter um único argumento, que precisa ser comprovado com informações, fatos, opiniões.
O importante, neste momento, é apresentar a discussão das ideias secundárias, seguida por uma argumentação coerente, se possível, comprovando com citações de autores conhecedores do assunto. Aqui é importante ressaltar que, ao inserir uma citação, você precisa ter certeza de que o trecho é do autor mencionado e que ele é realmente uma autoridade no assunto.
Na ordem da matriz de referência para a correção, esta é a quarta competência: examinar se você sabe estabelecer uma relação entre os parágrafos, de forma a garantir uma sequência coerente do texto e a interdependência entre as ideias.
Ter organizado sua lista de ideias é muito importante, mas não é suficiente. Ao redigir seu texto, lembre-se de incluir frases que relacionem o que foi dito antes com o que será dito no parágrafo que está sendo escrito.
O último parágrafo deve ser destinado à conclusão do seu texto, apresentando realmente uma finalização da sua mensagem. No caso do ENEM, nesta finalização é necessário apresentar uma proposta de intervenção, que deve incluir uma ação (o que será feito), o agente (quem realizará a ação), o modo ou meio (maneira como será realizada a ação), o detalhamento (descrição clara do que será feito) e a finalidade (por que motivo será realizada esta ação). É extremamente importante deixar claro, neste parágrafo, que o texto se encerrou, sem acrescentar nenhuma nova ideia neste momento.
A última das competências da matriz de referência de correção é o respeito aos direitos humanos que deve nortear sua proposta de intervenção. Ao elaborar uma proposta, você demonstra estar preparado para o exercício da cidadania.
Lembre-se de não esquecer nenhum dos elementos que compõem a proposta: ação, agente, modo ou meio, detalhamento e finalidade.
Na ordem da matriz de referência para a correção, esta é a quarta competência: examinar se você sabe estabelecer uma relação entre os parágrafos, de forma a garantir uma sequência coerente do texto e a interdependência entre as ideias.
Ter organizado sua lista de ideias é muito importante, mas não é suficiente. Ao redigir seu texto, lembre-se de incluir frases que relacionem o que foi dito antes com o que será dito no parágrafo que está sendo escrito.
O último parágrafo deve ser destinado à conclusão do seu texto, apresentando realmente uma finalização da sua mensagem. No caso do ENEM, nesta finalização é necessário apresentar uma proposta de intervenção, que deve incluir uma ação (o que será feito), o agente (quem realizará a ação), o modo ou meio (maneira como será realizada a ação), o detalhamento (descrição clara do que será feito) e a finalidade (por que motivo será realizada esta ação). É extremamente importante deixar claro, neste parágrafo, que o texto se encerrou, sem acrescentar nenhuma nova ideia neste momento.
A última das competências da matriz de referência de correção é o respeito aos direitos humanos que deve nortear sua proposta de intervenção. Ao elaborar uma proposta, você demonstra estar preparado para o exercício da cidadania.
Lembre-se de não esquecer nenhum dos elementos que compõem a proposta: ação, agente, modo ou meio, detalhamento e finalidade.
Vamos ver como funciona construir uma redação assim?
Ou, se quiser, você já pode colocar a mão na massa e treinar sua redação.
Quer continuar explorando?
Preste atenção em como organizar uma redação. Comece lendo a proposta da redação, como se fosse a prova do ENEM.
Preste atenção em como organizar uma redação. Comece lendo a proposta da redação, como se fosse a prova do ENEM.
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
Em consonância com a Constituição da República Federativa do Brasil e com toda a legislação que assegura a liberdade de crença religiosa às pessoas, além de proteção e respeito às manifestações religiosas, a laicidade do Estado deve ser buscada, afastando a possibilidade de interferência de correntes religiosas em matérias sociais, políticas, culturais etc. [Disponível em: www.mprj.mp.br. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento)]
TEXTO II
O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes inafiançáveis e imprescritíveis. [STECK, J. Intolerância religiosa é crime de ódio e fere a dignidade. Jornal do Senado. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento)]
TEXTO III
Intolerância Religiosa no Brasil: Fiéis de religiões afro-brasileiras são as principais vítimas de discriminação.
NÚMEROS DE DENÚNCIAS POR RELIGIÃO (2011 a 2014*)
*Até jul. 2014
Fonte: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 31 maio 2016 (adaptado).
TEXTO IV
O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes inafiançáveis e imprescritíveis. [STECK, J. Intolerância religiosa é crime de ódio e fere a dignidade. Jornal do Senado. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento)]
TEXTO V
O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes inafiançáveis e imprescritíveis. [STECK, J. Intolerância religiosa é crime de ódio e fere a dignidade. Jornal do Senado. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento)]
Para este exercício, nós já construímos para você um mapa mental, listando as ideias que devem estar presentes na introdução (tema e objetivo) e na conclusão (proposta de intervenção com ação, agente, modo ou meio, detalhamento e finalidade). Listamos também algumas ideias que podem compor a argumentação. Dessas ideias, você deve escolher até 3 e determinar a ordem em que devem aparecer. Claro que poderíamos listar mais ideias. Mas, combinando as 4 ideias listadas, se você tiver paciência, poderá ler 40 versões diferentes para a mesma redação.
INTRODUÇÃO
Apresentação do tema |
Retratos de intolerância religiosa no país |
Objetivo do texto / ponto de vista do autor |
Refletir sobre as razões |
DESENVOLVIMENTO
Argumento * |
Conceito de Deus |
Comprovação |
Oração em escolas públicas. Bancada Evangélica |
Referência |
Não tem |
Argumento |
Fundamentalismo |
Comprovação |
Ameaçar com maldição |
Referência |
Dussel: o outro não é diferente, mas distinto |
Argumento |
Colonização e escravidão |
Comprovação |
Catequização = civilização |
Referência |
Galeano e o descobrimento |
Argumento |
Livre expressão e responsabilidade |
Comprovação |
Desrespeito a manifestações religiosas |
Referência |
Umberto Eco e os limites da tolerância |
CONCLUSÃO / PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Agente |
Estado | Secretarias de Educação |
Ação |
Campanhas | Palestras e eventos |
Modo/meio |
Parceria |
Detalhamento |
Campanhas sobre diversidade religiosa | palestras com participação de representantes de diferentes religiões |
Finalidade |
Combater a intolerância religiosa |
Quer continuar explorando?
EXEMPLO
DE REDAÇÃO
INTRODUÇÃO
Apresentação do tema Objetivo do texto / ponto de vista do autor
Notícias de terreiros de umbanda sendo invadidos e depredados ou de adolescente apedrejada por estar vestida para o culto do candomblé não causam tanta repercussão quanto a notícia de um pastor que chutou uma imagem de Nossa Senhora Aparecida em um programa de TV. No entanto, são todos retratos da intolerância religiosa que existe em nosso país. Há quem diga que isso tudo é mimimi. Se fosse mesmo, por que então seria necessário incluir o preconceito religioso na Lei 7.716, de 05/01/1989, que trata do racismo, ou tipificá-lo no Código Penal? É importante que a gente reflita sobre as razões que levam à intolerância religiosa.
DESENVOLVIMENTO
Conector Argumento Comprovação Referência
Veja isso:Um primeiro ponto a considerar: Se Deus é um ser supremo, que criou tudo, Ele não cabe inteiro na cabeça da gente. Então, por que achar que a minha religião é a única forma que Deus encontrou para se relacionar com as pessoas humanas? Isso é particularmente preocupante quando vemos, por exemplo, educadores em escolas públicas que iniciam suas aulas com a oração do Pai Nosso ou da Ave Maria. Ou quando a bancada evangélica se articula para fazer leis sem levar em conta o que outras crenças pensam a respeito disso.
Veja isso:Um primeiro ponto a considerar: Enrique Dussel escreveu, em Filosofia da libertação, que o outro não é diferente, mas é distinto. Isto é, o outro não sou eu: ele tem sua história, sua cultura. Mas a gente tem a tendência de achar que o próprio jeito de ver e viver é o que está certo. Se a gente está certo, o outro precisa fazer como a gente ou vai estar errado. O pior disso tudo é quando alguém reduz a religião e o próprio Deus ao modo dele de pensar. Igual àqueles pregadores que ficam ameaçando os outros com as maldições de Deus, como se Deus fosse o jagunço deles.
Veja isso:Um primeiro ponto a considerar: Depois da Idade Média, com as grandes navegações e a dominação europeia sobre suas colônias em todo o mundo, a Igreja sempre seguiu junto, buscando converter em cristãos os povos bárbaros conquistados, como se isso fosse transformá-los em civilizados. Eduardo Galeano escreveu algo assim: Em 1492, os nativos descobriram que eram índios, que viviam na América, que estavam nus, que deviam obediência a um rei e uma rainha de outro mundo e a um deus de outro céu. Foi assim com os povos indígenas, foi assim com os africanos trazidos como escravos para o nosso continente. E essa forma de enxergar a cultura e religião desses povos ainda está muito enraizada em nossa cultura.
Veja isso:Um primeiro ponto a considerar: Umberto Eco escreveu que “para ser tolerante, é preciso fixar os limites do intolerável”. Tem gente que desrespeita gravemente as manifestações religiosas de outras pessoas, dizendo por exemplo que “são do diabo” ou coisa pior, e tentam se esconder dizendo que é “liberdade de expressão”. Mas toda liberdade tem uma contrapartida, que é a responsabilidade: não é possível alegar que sua expressão é livre se ela fere o outro, se ela fere o que já foi definido como o limite do que não pode ser tolerado.
Veja isso:Tem mais: Se Deus é um ser supremo, que criou tudo, Ele não cabe inteiro na cabeça da gente. Então, por que achar que a minha religião é a única forma que Deus encontrou para se relacionar com as pessoas humanas? Isso é particularmente preocupante quando vemos, por exemplo, educadores em escolas públicas que iniciam suas aulas com a oração do Pai Nosso ou da Ave Maria. Ou quando a bancada evangélica se articula para fazer leis sem levar em conta o que outras crenças pensam a respeito disso.
Veja isso:Tem mais: Enrique Dussel escreveu, em Filosofia da libertação, que o outro não é diferente, mas é distinto. Isto é, o outro não sou eu: ele tem sua história, sua cultura. Mas a gente tem a tendência de achar que o próprio jeito de ver e viver é o que está certo. Se a gente está certo, o outro precisa fazer como a gente ou vai estar errado. O pior disso tudo é quando alguém reduz a religião e o próprio Deus ao modo dele de pensar. Igual àqueles pregadores que ficam ameaçando os outros com as maldições de Deus, como se Deus fosse o jagunço deles.
Veja isso:Tem mais: Depois da Idade Média, com as grandes navegações e a dominação europeia sobre suas colônias em todo o mundo, a Igreja sempre seguiu junto, buscando converter em cristãos os povos bárbaros conquistados, como se isso fosse transformá-los em civilizados. Eduardo Galeano escreveu algo assim: Em 1492, os nativos descobriram que eram índios, que viviam na América, que estavam nus, que deviam obediência a um rei e uma rainha de outro mundo e a um deus de outro céu. Foi assim com os povos indígenas, foi assim com os africanos trazidos como escravos para o nosso continente. E essa forma de enxergar a cultura e religião desses povos ainda está muito enraizada em nossa cultura.
Veja isso:Tem mais: Umberto Eco escreveu que “para ser tolerante, é preciso fixar os limites do intolerável”. Tem gente que desrespeita gravemente as manifestações religiosas de outras pessoas, dizendo por exemplo que “são do diabo” ou coisa pior, e tentam se esconder dizendo que é “liberdade de expressão”. Mas toda liberdade tem uma contrapartida, que é a responsabilidade: não é possível alegar que sua expressão é livre se ela fere o outro, se ela fere o que já foi definido como o limite do que não pode ser tolerado.
Veja isso:Outra coisa: Se Deus é um ser supremo, que criou tudo, Ele não cabe inteiro na cabeça da gente. Então, por que achar que a minha religião é a única forma que Deus encontrou para se relacionar com as pessoas humanas? Isso é particularmente preocupante quando vemos, por exemplo, educadores em escolas públicas que iniciam suas aulas com a oração do Pai Nosso ou da Ave Maria. Ou quando a bancada evangélica se articula para fazer leis sem levar em conta o que outras crenças pensam a respeito disso.
Veja isso:Outra coisa: Enrique Dussel escreveu, em Filosofia da libertação, que o outro não é diferente, mas é distinto. Isto é, o outro não sou eu: ele tem sua história, sua cultura. Mas a gente tem a tendência de achar que o próprio jeito de ver e viver é o que está certo. Se a gente está certo, o outro precisa fazer como a gente ou vai estar errado. O pior disso tudo é quando alguém reduz a religião e o próprio Deus ao modo dele de pensar. Igual àqueles pregadores que ficam ameaçando os outros com as maldições de Deus, como se Deus fosse o jagunço deles.
Veja isso:Outra coisa: Depois da Idade Média, com as grandes navegações e a dominação europeia sobre suas colônias em todo o mundo, a Igreja sempre seguiu junto, buscando converter em cristãos os povos bárbaros conquistados, como se isso fosse transformá-los em civilizados. Eduardo Galeano escreveu algo assim: Em 1492, os nativos descobriram que eram índios, que viviam na América, que estavam nus, que deviam obediência a um rei e uma rainha de outro mundo e a um deus de outro céu. Foi assim com os povos indígenas, foi assim com os africanos trazidos como escravos para o nosso continente. E essa forma de enxergar a cultura e religião desses povos ainda está muito enraizada em nossa cultura.
Veja isso:Outra coisa: Umberto Eco escreveu que “para ser tolerante, é preciso fixar os limites do intolerável”. Tem gente que desrespeita gravemente as manifestações religiosas de outras pessoas, dizendo por exemplo que “são do diabo” ou coisa pior, e tentam se esconder dizendo que é “liberdade de expressão”. Mas toda liberdade tem uma contrapartida, que é a responsabilidade: não é possível alegar que sua expressão é livre se ela fere o outro, se ela fere o que já foi definido como o limite do que não pode ser tolerado.
Veja isso:Uma última consideração: Se Deus é um ser supremo, que criou tudo, Ele não cabe inteiro na cabeça da gente. Então, por que achar que a minha religião é a única forma que Deus encontrou para se relacionar com as pessoas humanas? Isso é particularmente preocupante quando vemos, por exemplo, educadores em escolas públicas que iniciam suas aulas com a oração do Pai Nosso ou da Ave Maria. Ou quando a bancada evangélica se articula para fazer leis sem levar em conta o que outras crenças pensam a respeito disso.
Veja isso:Uma última consideração: Enrique Dussel escreveu, em Filosofia da libertação, que o outro não é diferente, mas é distinto. Isto é, o outro não sou eu: ele tem sua história, sua cultura. Mas a gente tem a tendência de achar que o próprio jeito de ver e viver é o que está certo. Se a gente está certo, o outro precisa fazer como a gente ou vai estar errado. O pior disso tudo é quando alguém reduz a religião e o próprio Deus ao modo dele de pensar. Igual àqueles pregadores que ficam ameaçando os outros com as maldições de Deus, como se Deus fosse o jagunço deles.
Veja isso:Uma última consideração: Depois da Idade Média, com as grandes navegações e a dominação europeia sobre suas colônias em todo o mundo, a Igreja sempre seguiu junto, buscando converter em cristãos os povos bárbaros conquistados, como se isso fosse transformá-los em civilizados. Eduardo Galeano escreveu algo assim: Em 1492, os nativos descobriram que eram índios, que viviam na América, que estavam nus, que deviam obediência a um rei e uma rainha de outro mundo e a um deus de outro céu. Foi assim com os povos indígenas, foi assim com os africanos trazidos como escravos para o nosso continente. E essa forma de enxergar a cultura e religião desses povos ainda está muito enraizada em nossa cultura.
Veja isso:Uma última consideração: Umberto Eco escreveu que “para ser tolerante, é preciso fixar os limites do intolerável”. Tem gente que desrespeita gravemente as manifestações religiosas de outras pessoas, dizendo por exemplo que “são do diabo” ou coisa pior, e tentam se esconder dizendo que é “liberdade de expressão”. Mas toda liberdade tem uma contrapartida, que é a responsabilidade: não é possível alegar que sua expressão é livre se ela fere o outro, se ela fere o que já foi definido como o limite do que não pode ser tolerado.
CONCLUSÃO / PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Agente Ação Modo/meio Detalhamento Finalidade
Por isso, para combater a intolerância religiosa, é importante que o Estado, em parceria com os meios de comunicação, desenvolva campanhas de sensibilização sobre a diversidade religiosa e o respeito às diferenças. Além disso, as Secretarias de Educação, estaduais e municipais, devem promover palestras e outros eventos nas escolas contando com a participação de representantes das diversas religiões presentes na região atendida por aquela instituição escolar.
A primeira das competências da matriz de referência de correção, e que aqui apresentamos por último, examina se você sabe escrever direito: frases completas com sujeito e predicado, sem erros de ortografia ou pontuação, fazendo corretamente a concordância verbal e nominal.
Para isso, não há receita mágica. Você precisa ler bastante, ler sobre muitos assuntos a partir de fontes seguras, e treinar a escrita, prestando atenção nas correções solicitadas por professoras e professores.
Quer continuar explorando?
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Quer continuar explorando?
Quer continuar explorando?
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Aqui você vai colocar a mão na massa e produzir sua própria redação. E vai fazer isso em duas etapas: na primeira, você vai escolher entre as sugestões de temas, fazer anotações e organizar as ideias; na segunda etapa, olhando para suas anotações, você irá produzir, parágrafo por parágrafo, sua redação e depois salvá-la ou imprimi-la.
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
Em consonância com a Constituição da República Federativa do Brasil e com toda a legislação que assegura a liberdade de crença religiosa às pessoas, além de proteção e respeito às manifestações religiosas, a laicidade do Estado deve ser buscada, afastando a possibilidade de interferência de correntes religiosas em matérias sociais, políticas, culturais etc. [Disponível em: www.mprj.mp.br. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento)]
TEXTO II
O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes inafiançáveis e imprescritíveis. [STECK, J. Intolerância religiosa é crime de ódio e fere a dignidade. Jornal do Senado. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento)]
TEXTO III
Intolerância Religiosa no Brasil: Fiéis de religiões afro-brasileiras são as principais vítimas de discriminação.
NÚMEROS DE DENÚNCIAS POR RELIGIÃO (2011 a 2014*)
*Até jul. 2014
Fonte: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 31 maio 2016 (adaptado).
TEXTO IV
O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes inafiançáveis e imprescritíveis. [STECK, J. Intolerância religiosa é crime de ódio e fere a dignidade. Jornal do Senado. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento)]
TEXTO V
O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes inafiançáveis e imprescritíveis. [STECK, J. Intolerância religiosa é crime de ódio e fere a dignidade. Jornal do Senado. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento)]
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTOS MOTIVADORES
TEXTO I
Nos 30 anos decorridos entre 1980 e 2010 foram assassinadas no país acima de 92 mil mulheres, 43,7 mil só na última década. O número de mortes nesse período passou de 1.353 para 4.465, que representa um aumento de 230%, mais que triplicando o quantitativo de mulheres vítimas de assassinato no país. [WALSELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2012. Atualização: Homicídio de mulheres no Brasil. Disponível em: www.mapadaviolencia.org.br. Acesso em: 8 jun. 2015]
TEXTO II
[Disponível em: www.compromissoeatitude.org.br. Acesso em: 24 jun. 2015 (adaptado)]
TEXTO III
Intolerância Religiosa no Brasil: Fiéis de religiões afro-brasileiras são as principais vítimas de discriminação.
TIPO DE VIOLÊNCIA RELATADA
[BRASIL. Secretaria de Políticas para as Mulheres. Balanço 2014. Central de Atendimento à Mulher: Disque 180. Brasília, 2015. Disponível em: www.spm.gov.br. Acesso em: 24 jun. 2015 (adaptado)]
TEXTO IV
O impacto em números
Com base na Lei Maria da Penha, mais de 330 mil processos foram instaurados apenas nos juizados e varas especializados.
332.216 processos que envolvem a Lei Maria da Penha chegaram, entre setembro de 2006 e março de 2011, aos 52 juizados e varas especializados em Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher existentes no País. O que resultou em:
- 33,4% de processos julgados;
- 9.715 prisões em flagrante; e
- 1.577 prisões preventivas decretadas
58 mulheres e 2.777 homens enquadrados na Lei Maria da Penha estavam presos no País em dezembro de 2010. Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul não constam desse levantamento feito pelo Departamento Penitenciário Nacional.
237 mil relatos de violência foram feitos ao Ligue 180, serviço telefônico da Secretaria de Políticas para as Mulheres.
Sete de cada dez vítimas que telefonaram para o Ligue 180 afirmaram ter sido agredidas pelos companheiros.
[Fontes: Conselho Nacional de Justiça, Departamento Penitenciário Nacional e Secretaria de Políticas para as Mulheres. Disponível em: www.istoe.com.br. Acesso em: 24 jun. 2015 (adaptado)]
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INTRODUÇÃO
Apresentação do tema * |
Objetivo do texto / ponto de vista do autor |
DESENVOLVIMENTO
Argumento * |
Selecione a ordem de inclusão:*
Comprovação |
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Referência |
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Referência |
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Referência |
Argumento |
Selecione a ordem de inclusão: *
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Referência |
Comprovação |
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Referência |
Argumento |
Selecione a ordem de inclusão: *
Comprovação |
Referência |
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Comprovação |
Referência |
Argumento |
Selecione a ordem de inclusão: *
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Argumento |
Selecione a ordem de inclusão: *
Comprovação |
Referência |
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Referência |
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Referência |
Argumento |
Selecione a ordem de inclusão: *
Comprovação |
Referência |
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Referência |
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Referência |
Comprovação |
Referência |
CONCLUSÃO / PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Agente |
Ação * |
Modo/meio |
Detalhamento |
Finalidade |
* Preenchimento obrigatório
Registre em cada campo apenas palavras-chaves. Seja objetivo em suas anotações!
INTRODUÇÃO
Apresentação do tema * |
Objetivo do texto / ponto de vista do autor |
DESENVOLVIMENTO
Preencha pelo menos um argumento e uma comprovação
Fechar
Argumento * |
Selecione a ordem de inclusão: *
Comprovação |
Referência |
Comprovação |
Referência |
Comprovação |
Referência |
Comprovação |
Referência |
Argumento |
Selecione a ordem de inclusão: *
Comprovação |
Referência |
Comprovação |
Referência |
Comprovação |
Referência |
Comprovação |
Referência |
Argumento |
Selecione a ordem de inclusão: *
Comprovação |
Referência |
Comprovação |
Referência |
Comprovação |
Referência |
Comprovação |
Referência |
Argumento |
Selecione a ordem de inclusão: *
Comprovação |
Referência |
Comprovação |
Referência |
Comprovação |
Referência |
Comprovação |
Referência |
Argumento |
Selecione a ordem de inclusão: *
Comprovação |
Referência |
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Referência |
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Referência |
Comprovação |
Referência |
Argumento |
Selecione a ordem de inclusão: *
Comprovação |
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Referência |
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Referência |
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CONCLUSÃO / PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Agente |
Ação * |
Modo/meio |
Detalhamento |
Finalidade |
* Preenchimento obrigatório
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Aqui você vai colocar a mão na massa e produzir sua própria redação. E vai fazer isso em duas etapas: na primeira, você vai escolher entre as sugestões de temas, fazer anotações e organizar as ideias; na segunda etapa, olhando para suas anotações, você irá produzir, parágrafo por parágrafo, sua redação e depois salvá-la ou imprimi-la.
INTRODUÇÃO
Título da redação |
Apresentação do tema |
DESENVOLVIMENTO
Argumento |
Comprovação |
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Referência |
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Referência |
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CONCLUSÃO / PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Agente |
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Detalhamento |
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INTRODUÇÃO
Título da redação |
Apresentação do tema |
DESENVOLVIMENTO
Argumento |
Comprovação |
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Referência |
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Argumento |
Comprovação |
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Referência |
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Argumento |
Comprovação |
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Referência |
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CONCLUSÃO / PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Agente |
Ação |
Modo/meio |
Detalhamento |
Finalidade |
Quer continuar explorando?
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