+ DE 100 CONCEITOS FINANCEIROS

Você conhece os mais de 100 conceitos financeiros fundamentais? Conhecer os jargões financeiros é importante para o profissional de Engenharia de Produção para entender os objetivos da organização em que trabalha. Aproveite o mind map para rever esses conceitos e manter-se atualizado nessa área.

A

A4S: Accounting for Sustainability é uma rede criada pelo Príncipe de Gales para inspirar líderes empresariais e financeiros para a construção de modelos de negócios resilientes e sustentáveis.

ABC: Activity Based Costing é o método de custeio baseado nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos. Criado na década de 1980 por Robert Kaplan e Robin Cooper, fornece método para tratamento dos custos indiretos.

Accountability: é um conceito da esfera ética relacionado ao ato de responsabilidade e de prestação de contas de acordo com princípios éticos e de boa governança.

Ágio: termo utilizado para nomear o valor a mais que é cobrado sobre determinada mercadoria ou operação financeira, também conhecido por juro ou lucro, dependendo da situação em que for empregado.

Amortização: é a desvalorização de ativos intangíveis ou de direitos, decorrente do tempo decorrido ou da perda de valor econômico.

Ativo Circulante (AC): constitui-se no grupo de contas contábeis que registra as disponibilidades (caixa, bancos e aplicações financeiras), os títulos negociáveis (duplicatas a receber), os estoques e outros créditos realizáveis no curto prazo.

Ativo Não Circulante (ANC): constitui-se no grupo de contas contábeis que registra os bens e direitos de permanência duradoura e destinados ao funcionamento da entidade. Compõe-se dos subgrupos: ativo realizável a longo prazo (RLP), investimento, imobilizado e intangível.





B

BCN ou BACEN: Banco Central do Brasil – autarquia federal criada com a finalidade de ser o regulador das políticas monetária e creditícia do Governo, administrar as reservas internacionais e fiscalizar o Sistema Financeiro Nacional.

BID: Banco Interamericano de Desenvolvimento é uma instituição financeira internacional, com sede em Washington, Estados Unidos, voltada para o auxílio financeiro e o desenvolvimento de países emergentes.

BM&F Bovespa: empresa criada pelos acionistas da Bovespa Holding S. A. e da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F S. A., foi listada no Novo Mercado depois de ter obtido o seu registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é uma empresa pública federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que tem como objetivo financiar a longo prazo os empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país. Responsável pela execução de sua política de crédito de longo prazo, tem linhas de crédito e taxas especiais para as micro e pequenas empresas. Para estas, opera através de agentes ou Instituições Financeiras credenciadas. Objetiva o fortalecimento da estrutura de capital das empresas privadas, o desenvolvimento do mercado de capitais, a comercialização de máquinas e equipamentos e o financiamento à exportação.

Bolsa de Mercadorias e Futuros: é uma associação de membros deste mercado para efetuar o registro, a compensação e a liquidação, física e financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico, bem como desenvolver, organizar e operacionalizar mercados livres e transparentes, para negociação de títulos e/ou contratos que possuam como referência ativos financeiros, índices, indicadores, taxas, mercadorias e moedas, nas modalidades à vista e de liquidação futura.

Bolsa de Valores: associação civil sem fins lucrativos, cujos objetivos básicos são: manter local ou sistema de negociação eletrônico adequados à realização, entre seus membros, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários; preservar elevados padrões éticos de negociação; e divulgar as operações executadas com rapidez, amplitude e detalhes. Local onde se negociam títulos emitidos por empresas privadas ou estatais. O título dá ao portador o direito de propriedade sobre uma quantia em dinheiro, pela qual responde o emissor do documento. Tais operações servem para as empresas captarem recursos dos quais não dispõem.

Beta: ou índice beta, é um coeficiente de avaliação de risco utilizado para medir a relação do nível de risco não diversificável de um determinado empreendimento ou produto em relação ao mercado. O índice pode ser próximo, maior ou menor do que a unidade (um), e representa, respectivamente, um nível de risco igual, maior ou menor do que a média do mercado.

Balanço Patrimonial (BP): é o principal relatório contábil de uma empresa que demonstra os ativos, passivos e patrimônio líquido.

Break even point: Ponto de Equilíbrio é o ponto em que as receitas e as despesas se igualam. É o volume de vendas necessário para nem se ter lucro nem prejuízo.





C

Capital Circulante Líquido (CCL): ou capital de giro líquido, é definido como a diferença entre o total do ativo circulante (AC) menos o total do passivo circulante (PC), e significa o excedente do montante de recursos em dinheiro, créditos e estoques em relação ao montante de suas dívidas de curto prazo. Se esse valor for negativo, pressupõe-se que a empresa está com problemas financeiros.

Capital de Terceiros (CT): corresponde ao montante dos passivos onerosos (sujeitos ao pagamento de juros), sejam de curto ou de longo prazo, que financiam os investimentos de uma determinada empresa. Num contexto mais geral, o conceito de capital de terceiros pode englobar inclusive os passivos não onerosos e representados pela soma dos grupos do Passivo Circulante e Passivo Não Circulante.

Capital Próprio (CP): corresponde ao total dos recursos próprios ou dos acionistas que financiam os investimentos de uma organização e engloba o total do patrimônio líquido (PL).

CAPM: Capital Asset Pricing Model é um modelo de precificação de ativos desenvolvido por William F. Sharpe, Jack Treynor, John Lintner e Jan Mossin, baseado no trabalho de Harry Markowitz sobre diversificação e teoria moderna de portfólio. O Modelo CAPM considera que o retorno esperado exigido pelos investidores é igual à taxa dos títulos livre de risco ou Risk Free (RF), adicionado a um prêmio de risco em relação à taxa de retorno média do mercado (RM) e o respectivo nível de risco (β), e é determinado pela seguinte formulação: CAPM = RF + β (RM-RF).

Ciclo de Caixa: é o prazo em número de dias determinado pelo prazo médio de renovação dos estoques (PMRE) mais o prazo médio de recebimento das vendas (PMRV), ou o ciclo operacional, menos o prazo médio de pagamento das compras (PMPC). O resultado positivo denota uma situação favorável, indicando que a organização recebe antes de pagar e vice-versa.

Ciclo Operacional: é o prazo em número de dias determinado pelo prazo médio de renovação dos estoques (PMRE) mais o prazo médio de recebimento das vendas (PMRV), e representa o tempo desde a entrada da matéria-prima até o recebimento das vendas.

Correção monetária: é o reajuste periódico de certos preços na economia pelo valor da inflação passada, com o objetivo de compensar a perda do poder aquisitivo da moeda.

Contábil mimetismo: ocorre quando, sob determinadas condições de incerteza, as organizações decidem que o caminho mais seguro é copiar o que foi feito por organizações mais bem-sucedidas.

Custeamento direto ou variável: tipo de custeio que consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como custo de produção, e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do período. Desse modo, o custo dos produtos vendidos e os estoques finais de produtos em elaboração e produtos acabados só conterão custos variáveis.

Custeamento por absorção ou integral: é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os custos da área de fabricação, sejam estes definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do critério é revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que cada produto ou produção (ou serviço) absorva parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados à fabricação.

Custo corrigido: é o resultado da aplicação de um ajustamento do custo corrente por um coeficiente de variação do índice geral de preços, o IGD ou outro específico que a empresa tenha criado considerando suas particularidades.

Custo das vendas: é o valor das vendas, a preço de custo, que estão registradas no estoque. A empresa industrial tem, por função principal, a conversão de matérias-primas em produtos acabados. Em qualquer negócio, o Custo dos Produtos Vendidos é o total do preço de compra e os custos de conversão, se estes existem. No entanto, o fabricante inclui neste custo: o custo das matérias-primas consumidas, o custo da mão-de-obra direta e também outros custos incorridos na fabricação dos artigos que ele vende. A diferença entre a contabilização para obter o Custo dos Produtos Vendidos numa empresa comercial e numa empresa industrial surge em virtude de que o comércio geralmente carece de custo de conversão e, portanto, seu custo é praticamente o mesmo que o preço pago pelo produto que vende. É composto do Custo da Matéria-Prima, da Mão de Obra Direta e das Despesas Gerais de Fabricação.

Custo de reposição: o preço de reposição das mercadorias pode ser entendido como o preço de mercado para repor todos os estoques da empresa. Trata-se do custo de repor todas as mercadorias em estoque, se isso for necessário, com base no valor de mercado atual. Os preços das mercadorias variam, podendo se elevar ou diminuir.

Custo fixo: custos que não variam de acordo com o volume de produção e, em geral, são contratuais, como é o caso dos gastos com aluguel.

Custo histórico: aproximação à contabilidade usando os valores de recurso baseados na quantidade real do dinheiro pago por recursos sem o ajuste de inflação.

Custo semi-variável: denominação dada aos custos que passam a variar a partir de uma faixa de volume de produção. Um exemplo deste tipo de custo é a comissão de vendedores, que podem ser fixas até uma faixa de volume e aumentarem para volumes mais elevados.

Custo variável: custos que variam diretamente com o volume de vendas da empresa. Os custos de produção são exemplos deste tipo de custo.

CVM - Comissão de Valores Mobiliários: é uma autarquia federal, criada com o objetivo de fiscalizar, regulamentar e desenvolver o mercado de valores mobiliários, visando ao seu fortalecimento. Tem por finalidade a fiscalização e a regulação do mercado de títulos de renda variável, tendo, entre outras, as atribuições de assegurar o funcionamento eficiente e regular os mercados de bolsa e balcão, além de proteger os títulos de valores mobiliários e os investidores do mercado.





D

Depreciação: é a desvalorização de um determinado ativo em função da perda de valor econômico, decorrente de uso, desgastes físicos ou por obsolescência.

Deságio: termo que define a diferença entre o valor de mercado e o valor nominal de um título. Caso o valor de mercado ou valor pago seja menor que o valor nominal, a diferença é chamada deságio. Caso seja maior, a diferença é chamada ágio.

DFC – direto: Demonstração de Fluxos de Caixa pelo método direto é uma demonstração contábil que evidencia toda a movimentação de entradas e saídas ou pagamentos e recebimentos de caixa.

DFC – indireto: Demonstração de Fluxos de Caixa pelo método indireto é uma demonstração contábil que evidencia a movimentação de caixa de forma indireta, ou seja, parte-se do lucro contábil e, por variações das contas, chega-se ao saldo de caixa.

DOAR: Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos é uma demonstração contábil que deixou de ser exigida com a adoção das normas internacionais a partir de 2010. Ela demonstra as principais origens e aplicações de recursos financeiros e evidencia a variação do capital de giro ou capital circulante líquido (CCL).

DRE: Demonstração do Resultado do Exercício é o segundo principal relatório contábil, e evidencia a criação ou destruição de resultados num determinado período. Inicia pelas receitas de faturamento, deduzidas dos impostos, custos e despesas, até chegar na linha do lucro líquido e na determinação dos valores agregados.

DVA: Demonstração do Valor Adicionado é uma demonstração contábil que passou a ser exigida no Brasil a partir de 2010 com a adoção das normas internacionais de contabilidade. Diferentemente da Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) que foca basicamente na última linha (lucro líquido), a DVA foca no valor agregado pela empresa e como este foi distribuído no período.





E

EBIT: é a sigla Earning Before Interest and Taxes, ou Lucro Antes dos Juros e do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro (LAJIR).

EBITDA: é a sigla Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, ou Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações (LAJIDA). Apesar de mencionado em algumas literaturas, o EBIT não é uma medida que precisa de lucro operacional, nem de geração de caixa, mas pode ser útil na comparação de desempenho entre empresas de países diferentes, justamente por não considerar essas variáveis macroeconômicas (juros, impostos, depreciações).

ELP: Exigível a Longo Prazo é um subgrupo dos Passivos que correspondem ao endividamento da organização no longo prazo, ou seja, prazos superiores a um ano.

EVA: Economic Value Added, ou Valor Econômico Adicionado, é um conceito contábil que expressa o lucro econômico, obtido deduzindo-se a remuneração do capital próprio do lucro líquido contábil.





F

Fluxo de caixa descontado (FCD): é um dos mais conhecidos métodos utilizados nas avaliações de investimentos ou valuation, e baseia-se no método de cálculo do valor presente líquido ou presente value (PV).

Formas de tributação das empresas: tradicionalmente, a forma de tributação utilizada pelos governos se divide em "direta" ou "indireta". Tributação direta é a taxação aplicada diretamente sobre a renda, patrimônio ou consumo. Como exemplos: o Imposto de Renda, a contribuição previdenciária sobre o salário, o IPTU, o IPVA. Tributação indireta é aquela cujo valor embutido no preço final do produto é repassado ao consumidor. Exemplo: os impostos na conta do telefone ou de energia elétrica transformam-se em imposto indireto quando repercutem no preço final do produto. O mesmo ocorre no Brasil sobre a compra de bens de consumo (como roupas, calçados, alimentos): a principal carga tributária está embutida no preço, via impostos ditos "indiretos", como ICMS, IPI, PIS e COFINS. Dentre os principais tributos no Brasil, temos o ICMS, o IPI, o ISS, o PIS, a COFINS, o Imposto de Renda, a Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL) e as Contribuições sobre a Folha de Pagamento.

Formas jurídicas de empresas: as formas jurídicas caracterizam a forma que uma pessoa jurídica se representa na sociedade. As diversas formas jurídicas existentes hoje são a "firma individual", a "sociedade empresária" e a "sociedade civil". A forma individual é formada por uma pessoa física - denominado empresário - que dará o seu nome à firma, ficando como único responsável por todos os atos da empresa. Esse tipo de Forma Jurídica se aplica a atividades de indústria, comércio ou de serviços comuns (não intelectuais). A sociedade empresária, assim como a anterior, não pode exercer atividades de prestação de serviços, apenas atividades comerciais, industriais ou serviços comuns (não intelectuais). Uma sociedade empresária deve ser formada por dois ou mais sócios e regulamentada pelo Direito Comercial, estando sujeita à falência. Uma Sociedade Empresária pode ser dos tipos: Sociedade em Nome Coletivo, Sociedade em Comandita Simples, Sociedade Limitada (Ltda.), Sociedade Anônima (S. A.) e Sociedade em Comandita por Ações. A sociedade civil (S/C), assim como a anterior, deve ser formada por dois ou mais sócios, porém, esta não pode exercer atividades comerciais ou industriais. A Sociedade Civil deve ter como "único objetivo a prestação de serviços". As sociedades civis são regulamentadas pelo Código Civil, e não estão sujeitas às falências. Exemplos de sociedade civil são escolas, bancos e hospitais.





G

GAF: Grau de Alavancagem Financeira é um indicador utilizado para avaliar a alavancagem dos ganhos de um empreendimento relacionados à participação de recursos de terceiros. Pode ser interpretado pela razão entre o return on equity (ROE) e return on investment (ROI).

GAO: Grau de Alavancagem Operacional é um indicador utilizado para avaliar os efeitos provocados sobre o lucro operacional (LO) pelas variações ocorridas no montante das vendas ou faturamento. Pode ser interpretado pela razão entre a variação percentual do lucro operacional em relação à variação no percentual do montante de vendas.

Giro do Ativo: é um indicador utilizado para avaliar a eficiência do total de ativos em relação ao montante de faturamento de uma organização. Pode ser interpretado pela razão entre o montante do faturamento em relação ao total de ativos e, em princípio, quanto maior, melhor.

Goodwill: denominação dada aos ativos intangíveis de uma empresa, como marcas e patentes, pesquisa e desenvolvimento de bens e serviços, ágio fiscal pago em aquisições etc.





I

ICO2 da BM&F: Índice de Carbono Eficiente, composto pelas ações das companhias participantes do índice IBrX-50 que aceitaram participar dessa iniciativa, adotando práticas transparentes com relação a suas emissões de gases efeito estufa (GEE). Leva em consideração, para ponderação das ações das empresas componentes, seu grau de eficiência de emissões de GEE, além do free float (total de ações em circulação) de cada uma delas.

IEVA: Índice de Especulação de Valor Agregado é um indicador de múltiplos desenvolvido por Kassai (2001) que identifica o nível de especulação existente no preço das ações de uma companhia em relação ao seu cálculo de valuation com base no valor presente dos lucros futuros. Quando o seu valor é próximo da unidade, significa que as expectativas dos mercados ou investidores estão em harmonia com as empresas e seus gestores; e o preço das ações pode estar subavaliado (menor do que um) ou superavaliado (maior do que um).

IFRS: International Financial Reporting Standards são normas internacionais de contabilidade emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), com sede em Londres. O Brasil fez a sua adoção integral com a Lei 11.638/2007, e as empresas privadas tiveram o período de 2007-2010 para se adequarem.

IIRC: International Integrated Reporting Council, ou Conselho Internacional do Relato Integrado, é uma coalização global formada por órgãos reguladores, empresas, profissionais e entidades do setor contábil e por um grupo de investidores que detém uma carteira de 16 trilhões de dólares. Foi criada oficialmente em 2010, sob a liderança do Príncipe de Gales, com o objetivo de desenvolver relatos corporativos que atendessem às necessidades e aos desafios do século XXI. Em 09 de dezembro de 2013, publicou a primeira versão do Framework Integrated Reporting.

Impairment: deterioração e redução do valor recuperável de um ativo.

Impostos diferidos: de acordo com o Princípio Contábil da Competência, se a contabilidade já reconheceu uma receita ou lucro, a despesa de Imposto de Renda deve ser reconhecida nesse mesmo período, ainda que tais receitas e lucros tenham a sua tributação diferida para efeitos fiscais, ou seja, o Imposto de Renda incidente sobre elas será pago em períodos futuros.

Índice PL: o preço por ação (numerador) é o preço de mercado de uma ação. O lucro por ação (denominador) é o lucro líquido da empresa mais recente do período de um ano dividido pelo número de ações. A razão principal de calcular o índice P/L é tornar comparável para os investidores duas ou mais ações de empresas do mesmo setor.

Índice VPA: Valor Patrimonial por Ação, ou seja, o valor da empresa do ponto de vista dos acionistas dividido pelo número de ações (shares) emitidas.

Índice LPA: o índice ilustra o benefício obtido por ação emitida pela empresa, ou seja, o resultado líquido obtido em determinado período. A quantidade de ações emitida pode ser determinada pelo número de ações que compõem o capital social da companhia ao final do exercício social, ou em função de sua quantidade média calculada no período. O índice LPA representa a parcela do lucro líquido pertencente a cada ação, sendo que sua distribuição aos acionistas é definida pela política de dividendos adotada pela companhia.

Inflação: é a distorção de preços ocasionada por um conjunto de fatores socioeconômicos, e caracteriza-se pela alta generalizada dos preços e pela depreciação da moeda.

Intersecção de Fisher: é o ponto no qual a escolha entre os projetos é indiferente, lembrando que, para um investidor, um projeto será indiferente se todas as alternativas tiverem o mesmo VPL.

ISE da BM&F: ferramenta para análise comparativa da performance sob o aspecto da sustentabilidade corporativa, baseada em eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Também amplia o entendimento sobre empresas e grupos comprometidos com a sustentabilidade, diferenciando-os em termos de qualidade, nível de compromisso com o desenvolvimento sustentável, equidade, transparência e prestação de contas, natureza do produto, além do desempenho empresarial nas dimensões econômico-financeira, social, ambiental e de mudanças climáticas.





K

Ke (equity capital): Custo do Capital Próprio, ou equity capital, refere-se à parcela do custo de capital da empresa financiada com recursos ou capitais próprios dos acionistas, e pode ser calculado por meio da formulação do capital assets pricing models (CAPM).

Ki (debt capital): Custo do Capital de Terceiros, ou debt capital, refere-se à parcela do custo de capital da empresa financiada com recursos de terceiros, e pode ser calculado pela taxa média ponderada dos empréstimos e financiamentos obtidos.





L

LAIR: Lucro Antes do Imposto de Renda é uma medida intermediária de lucro da demonstração do resultado do exercício (DRE) obtida antes da dedução do imposto de renda (IR) e da contribuição social sobre o lucro (CSL). A taxa de imposto de renda (25% mais adicional de 10%) mais a CLS (9%) pode atingir 34% sobre as empresas brasileiras, e pode ser calculada pelo regime de lucro real ou presumido.

LBC: Letras do Banco Central. Título de curto prazo emitido pelo Banco Central para fins de política monetária exclusivamente sob forma escritural no Selic, cuja rentabilidade é pós-fixada e segue a variação da taxa Selic.

LC: Liquidez Corrente é um índice de análises de balanços obtido pela razão entre o total dos ativos circulantes (AC) e o montante dos passivos circulantes (PC) e, intuitivamente, quanto mais próximo ou maior do que a unidade, melhor. Se a LC é igual a 0,66, por exemplo, significa que, para cada um real de dívida contratada a curto prazo, a empresa dispõe de apenas 66 centavos para quitá-la a curto prazo.

LG: Liquidez Geral é um índice de análises de balanços obtido pela razão entre a somatória dos ativos circulantes (AC) mais os ativos realizáveis a longo prazo (RLP) com a somatória dos passivos circulantes (PC) mais os passivos exigíveis a longo prazo (ELP). No novo padrão de contabilidade internacional adotado pelo Brasil, os RLP estão classificados no grupo do ativo não circulante (ANC), e os ELP, no grupo do passivo não circulante (PNC). A LG difere da LC pois considera o curto e o longo prazo.

LL: Lucro Líquido é a última linha da demonstração do resultado do exercício e representa a parcela líquida de resultado à disposição dos acionistas. É obtido de forma dedutiva a partir da receita bruta de vendas ou faturamento e deduzindo-se os impostos sobre vendas, os custos de vendas, as despesas e as parcelas de imposto de renda.

LO: Lucro Operacional é um resultado intermediário da demonstração do resultado do exercício, obtido após o lucro bruto (LB) e depois da dedução das despesas operacionais. O conceito de LO previsto na legislação brasileira difere do conceito genuíno de lucro operacional estabelecido pelo Net Operating Profit Less Adjusted Taxes (NOPLAT).

LPA: Lucro por Ação é a razão entre o lucro líquido da empresa dividido pelo número de suas ações.

LS: Liquidez Seca é um índice de análises de balanços estabelecido pela razão entre os ativos circulantes menos o montante dos estoques (AC – Estoques) e os passivos circulantes (PC). É um índice que complementa a análise da LC.





M

Margem de Lucro (M): é um indicador de análises de balanços determinado pela razão entre o lucro líquido (LL) e o montante do faturamento, e quanto maior, melhor. Pode-se aperfeiçoar as análises, por exemplo, adotando-se o lucro operacional (Noplat) como o numerador e o montante da receita líquida de vendas como o denominador desta expressão.

Mark up: termo usado em Economia para indicar quanto do preço do produto está acima do seu custo de produção e distribuição. Significa diferença entre o custo de um bem ou serviço e seu preço de venda. Pode ser expresso como uma quantia fixada ou como percentual.

Missão da empresa: detalhamento da razão de ser de uma empresa. Mostra, então, o porquê da sua empresa existir. Também deve deixar claro o segmento em que o negócio está inserido e como a empresa espera ser reconhecida por seus clientes, fornecedores e parceiros.

Modelo Dupont: análise da lucratividade das vendas e do giro, que demonstra a eficiência da utilização dos ativos de uma organização.

MVA: Market Value Added, ou Valor de Mercado Adicionado, é um conceito contábil que expressa o excedente de valor de mercado de um empreendimento em relação ao montante de seus investimentos. É uma das formas de se medir o “goodwill”, e pode ser mensurada, por exemplo, como o valor presente dos Economic Value Added (EVA) futuros ou com base no valor de mercado de uma empresa, calculado pelo preço de suas ações menos o montante de seus investimentos.




N

NOPLAT: Net Operating Profit Less Adjusted Taxes é o conceito genuíno de lucro operacional (LO) que considera o resultado de um empreendimento sem o efeito das despesas financeiras e deduzido do imposto de renda proporcional.




P

Passivo Circulante: é um subgrupo do passivo exigível do Balanço Patrimonial que inclui as dívidas e obrigações normalmente pagas dentre de um ano.

Passivo Não Circulante: é um subgrupo do passivo exigível do Balanço Patrimonial que inclui as dívidas e obrigações cujos vencimentos ocorrerão após o final do exercício seguinte. Corresponde à antiga classificação agrupada no Passivo Exigível a Longo Prazo (ELP).

Passivos Não Onerosos: é uma forma de classificar os passivos de uma organização considerando-se as dívidas e obrigações que não estão sujeitas a juros e encargos bancários, como fornecedores, salários a pagar etc.

Passivos Onerosos: é uma forma de classificar os passivos de uma organização considerando-se apenas as dívidas e obrigações que estão sujeitas a juros e encargos bancários, como empréstimos e financiamentos de curto ou de longo prazo.

Patrimônio Líquido: ou capital próprio (CP), representa os valores que os sócios ou acionistas possuem na organização em um determinado momento, incluindo o capital social e as reservas. No balanço patrimonial, corresponde à riqueza líquida obtida do total do Ativo menos os Passivos exigíveis (circulantes e não circulantes).

Payback: ou período de retorno, refere-se a uma ferramenta de análises de investimentos que representa o tempo decorrido entre o investimento inicial e o momento no qual o lucro acumulado se iguala ao montante desse investimento. Pode-se utilizar medidas de lucros contábeis ou econômicos, fluxos de caixas, valores nominais ou descontados ao longo do tempo.

PMPC: Prazo Médio de Pagamento das Compras é o número de dias relativo ao prazo médio de pagamentos de fornecedores e das principais contas a pagar de uma organização. Pode ser calculado simplificadamente pela fórmula: valor médio de fornecedores dividido pelo montante das compras no período vezes o número de dias do período.

PMRE: Prazo Médio de Renovação dos Estoques é o número de dias relativo ao prazo médio em que os estoques permanecem parados em uma organização. Pode ser calculado simplificadamente pela fórmula: valor médio dos estoques dividido pelo montante do custo das vendas vezes o número de dias do período.

PMRV: Prazo Médio de Recebimento das Vendas é o número de dias relativo ao prazo médio ponderado de recebimento das vendas de uma organização, considerando-se suas vendas à vista e a prazo. Pode ser calculado simplificadamente pela fórmula: valor médio de contas a receber dividido pelo montante das vendas no período vezes o número de dias do período.

Provisão para Imposto de Renda (PIR): por ocasião do encerramento do período de apuração do imposto, a pessoa jurídica tributada com base no regime do lucro real deverá constituir a provisão para pagamento do Imposto de Renda, inclusive sobre lucros diferidos desse mesmo período.




Q

Q de Tobin: desenvolvido pelo economista James Tobin, trata-se de um método que prevê a comparação entre o valor de mercado e o seu custo de reposição dos ativos. O Q de Tobin é normalmente usado como uma medida do valor real criado pela administração de uma empresa. Quanto maior for o q, maior o valor adicionado.




R

Receita de vendas: o principal conceito de receitas são os recursos provenientes da venda de mercadorias ou de uma prestação de serviços. As despesas, por sua vez, são todos os gastos que uma empresa precisa ter para obter uma receita. Alguns exemplos de despesas são os salários, a conta de água, luz, telefone, os impostos etc.

Relato Integrado (RI): ou Integrated Reporting (IR), é uma iniciativa global do International Integrated Reporting Council (IIRC) com o propósito de tornar-se um novo padrão de relatos corporativos em que as organizações deixarão de produzir comunicações volumosas, desconexas e estáticas e passarão a comunicar o seu processo de geração de valor como alicerce para um futuro sustentável.

Reserva Legal: é uma reserva de lucro constituída com base em 5% do lucro de cada exercício, e não deve exceder 20% do capital social realizado. Tem por finalidade assegurar a integridade do capital social, e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital. É registrada na conta Reserva Legal no grupo do Patrimônio Líquido.

Reservas de Lucros: são reservas constituídas pela apropriação de lucros da companhia para garantir os planos da companhia, como reserva legal, reservas estatutárias, reservas para contingências, reservas de incentivos fiscais etc.

Risco setorial: o processo de tomada de decisões de financiamento e investimento é influenciado pelo grau de risco inerente às variáveis consideradas.

RLP: Realizável a Longo Prazo é um dos itens do grupo do Ativo Não Circulante e refere-se aos direitos recebíveis ou realizáveis após o término do exercício do ano seguinte.

ROA: Return on Assets, ou taxa de Retorno sobre Ativo, é um índice de análises de balanços representado pela razão entre o Lucro Líquido (LL) e o total do Ativo. Representa uma taxa “aproximada” de retorno de investimento.

ROE: Return on Equity, ou taxa de Retorno sobre o Patrimônio Líquido, é um índice de análises de balanços representado pela razão entre o Lucro Líquido (LL) e o total do Patrimônio Líquido (PL). Representa a taxa de retorno dos acionistas ou o retorno sobre o capital próprio.

ROI: Return on Investment, ou taxa de Retorno de Investimento, é um índice de análises de balanços que representa a genuína taxa de retorno de uma empresa. É representado pela razão entre o Lucro Operacional (Noplat) e o montante de Investimentos.

ROS: Return on Sales, ou Margem das Vendas, é um índice de análises de balanços representado pela razão entre o Lucro Líquido (LL) e o montante das vendas ou do faturamento.

RROE: Residual Return on Equity é um índice de análises de balanços representado pela taxa de retorno do acionista (ROE) menos o respectivo custo do capital próprio (Ke). É o valor residual do acionista em relação ao montante de seu capital próprio investido.

RROI: Residual Return on Investment é um índice de análises de balanços representado pela taxa de retorno de investimento (ROI) menos o respectivo custo médio ponderado de capital (WACC). É o valor residual do investimento operacional.




T

Termômetro de Insolvência de Kanitz: é uma ferramenta de análises de balanços utilizada para prever a possibilidade de falência de uma empresa. Criada por Stephen Charles Kanitz (FEA/USP) e divulgada pioneiramente em um artigo publicado na Revista Exame em dezembro de 1974, sua formulação é dada pela seguinte equação: Kanitz=0,05LLPL+1,65(AC+RLP)(PC+ELP)+3,55(AC-Estoque)PC-1,06ACPC-0,33(PC+ELP)PL

TIR: Taxa Interna de Retorno, ou Internal Rate of Return (IRR), é a taxa efetiva de retorno de um determinado projeto ou empreendimento. Por envolver cálculos de polinômios de enésima grandeza, geralmente exige uma calculadora financeira que processe interações algébricas. Nas análises de investimentos, considera-se viável um projeto que apresente uma TIR acima da taxa mínima de atratividade (TMA).

TIRM: Taxa Interna de Retorno Modificada, ou Modify Internal Rate of Return (MTIR), é a versão modificada da tradicional TIR que considera a reinversão dos fluxos de caixa intermediários e positivos a taxas condizentes de reinvestimentos.

TMA: Taxa Mínima de Atratividade é a taxa mínima aceitável para se considerar um investimento viável economicamente, e pode ser obtida com base no custo médio ponderado de capital (WACC).

Tripple bottom line (TBL): é o chamado tripé da sustentabilidade, em suas dimensões: econômico, social e ambiental, e também é conhecido por “Triple Ps” (people, planet, profit). Esse conceito foi criado nos anos 1990 por John Elkington, autor do livro “Canibais com garfo e faca”.




V

Valuation: ou avaliação de empresas, refere-se ao processo de cálculo do valor de mercado de uma empresa ou de um investimento. Há vários métodos de cálculos, por exemplo: valor presente dos fluxos de caixas ou de lucros futuros, precificação pelo preço das ações cotadas em bolsas de valores etc.

VPA: o Valor Patrimonial da Ação é um indicador de análises de balanços obtido pela razão entre o total do Patrimônio Líquido (PL) e a quantidade de ações.

VPL: Valor Presente Líquido, ou Net Present Value (NPV), é um método de avaliação de investimentos determinado pelo valor presente de fluxos de caixa futuros descontados a uma taxa de juros apropriada menos o custo do investimento inicial. Um investimento é considerado viável economicamente quando o seu VPL é maior ou igual a zero.

VPLM: Valor Presente Líquido Modificado, ou Modify Net Present Value (MNPV), é a versão modificada do tradicional VPL que considera a reinversão dos fluxos de caixas intermediários e positivos a taxas condizentes de reinvestimentos (KASSAI, 2001).

Vida útil econômica: período ao longo do qual se espera que um ativo esteja disponível para uso pela entidade, ou o número de unidades de produção, ou de unidades similares que se espera obter do ativo pela entidade.




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WACC: Weighted Average Capital Cost, ou Custo Médio Ponderado de Capital, ou simplesmente Custo de Capital de uma Empresa ou Projeto, refere-se à taxa mínima de atratividade (TMA) ou à taxa mínima aceitável para remunerar adequadamente os seus investimentos. Pode ser calculada ponderando-se a participação do capital de terceiros (CT) e do capital próprio (CP) com os respectivos custos de capital de terceiros (Ki) e do capital próprio (Ke).